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Diretrizes Gerais da Ação Evang. 2011/2015
Diretrizes Gerais da Ação Evang. 2011/2015

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasi  l2011 – 2015 (II)  DGAE 2

Igreja em estado permanente de Missão

Esta 47ª Ficha e as próximas três abordarão ‘as urgências e as perspectivas da ação evangelizadora’, apresentadas nos capítulos III e IV do Documento 94 – Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015). Nesta, elas serão abordadas sob a ótica da “Igreja em estado permanente de Missão”.

 Com relação à urgência da ação evangelizadora, a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965) e, particularmente, da Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (1975), a Igreja foi retomando a consciência de sua missão fundamental: a Evangelização como anúncio da pessoa de Jesus Cristo e a sua mensagem, por meio de gestos e palavras.Na mesma linha, a Conferência de Aparecida (2007) destacou que, diante da mudança de época em que estamos vivendo, a Igreja não pode reduzir sua atividade a uma pastoral de conservação. Ela deve estar atenta às urgências que emergem da realidade social e eclesial, e buscar formas de ser sal e luz no mundo. Para isto, deve estar aberta às mudanças que se fazem necessárias em suas estruturas, para que toda ação pastoral e evangelizadora seja permeada pela missão. Antigamente, a missão significava ir ao encontro dos povos distantes que não conheciam Jesus Cristo; e hoje, além disso, significa anunciar a Boa Nova também para os povos ou comunidades que já tiveram um contato com o Evangelho, mas que vivem longe da fé e da Igreja, num catolicismo de aparência. As mudanças que ocorreram, ao longo do tempo, nos valores, nas atitudes e nas referências que se distanciam da proposta cristã, associadas aos profundos apelos de vida que emergem da realidade socioeconômica atual em que vivemos, não são vistos, pela maioria dos cristãos, como apelo à conversão ou desafios decorrentes da fé cristã. Diante deste quadro aparentemente desanimador, surge o desafio missionário que reclama urgência da missão e aponta para a necessidade de que ela seja ampla e includente, reconhecendo que todas as situações, tempos e locais são seus interlocutores. A consciência missionária sugere, então, que cada cristão se torne, de fato, “Discípulo Missionário do Senhor” e saia de si para ir ao encontro daqueles que mais precisam. Assim, anunciarão que a realidade, por mais dura e contraditória que seja, não tem a última palavra, mas sim o Senhor da Vida, em quem a vida não conhece ocaso. Num segundo momento, há a urgência de que as estruturas eclesiais e pastorais sejam impregnadas pela consciência missionária, a ponto de deixar para trás práticas, costumes e estruturas que já não têm condições de favorecer a transmissão da fé, como lembra Aparecida (DAp 365). Isto significa passar para uma pastoral decididamente aberta e missionária (DAp 370), pois Deus quer salvar a todos, e a Igreja, precisa ser Igreja de todos, mesmo daqueles que não são Igreja. No que diz respeito às perspectivas da ação evangelizadora, o documento indica algumas propostas de ação para às Igrejas Particulares, com o objetivo de promover uma pastoral orgânica (Cf. LG 23).A missão da Igreja consiste em alimentar o sentido cristão, e isto implica irradiar a presença de Jesus Cristo, o Deus Conosco e proclamar, na força do Espírito Santo com a palavra e com a vida, que Ele está vivo entre nós. Esta experiência de fé é que faz transbordar o anúncio para além da comunidade cristã, para cada um dos ambientes aonde os discípulos missionários são enviados para se fazerem presentes como Jesus, cheios de graça e de verdade. Cabe à comunidade eclesial perguntar quais são os grupos humanos ou as categorias sociais que merecem atenção especial e lhes dar prioridade no trabalho de evangelização, sobretudo, os mais afastados da Igreja: jovens; pessoas que vivem na periferia de nossas cidades; intelectuais; artistas; políticos; formadores de opinião; trabalhadores com grande mobilidade; nômades etc. Nesta perspectiva, ser missionário é ir ao encontro das pessoas onde elas estão e não esperar que elas venham até à Igreja.

 A missão pede uma pastoral da visitação ampliada, dirigida a todos os afastados, e destes grupos não podem ser esquecidos os povos indígenas, os afro-brasileiros e, principalmente, os jovens. Fazer assim, é realizar a evangelização inculturada pelas atitudes do serviço, do diálogo, do testemunho e do anúncio explícito da mensagem cristã. Para uma Igreja em estado permanente de missão, há ainda dois desafios: o ecumenismo, isto é, a unidade dos que creem no Cristo que não podem, e nem devem, ficar indiferentes diante do sofrimento do mundo e o diálogo inter-religioso, com todos aqueles que procuram humanizar a convivência entre os homens e respeitar os seus direitos, na busca da justiça e na construção da fraternidade universal. Em visita recente ao Brasil, o papa Francisco disse que não importa saber a religião de quem faz o bem, o importante é que a vida humana seja promovida e defendida. Por fim, o documento destaca que uma ‘Igreja em permanente estado de missão’ se sente interpelada a contribuir com a missão ad gentes, isto é, com as comunidades mais necessitadas. Assumir este desafio, por sua vez, acaba por revelar o grau de maturidade da consciência missionária de cada comunidade. Para refletir: 1) Na sua realidade pastoral, há sinais que indicam que a sua comunidade ou paróquia está em estado permanente de missão. Com o que a sua comunidade ou paróquia tem se preocupado? 2) O que fazer para que cresça nos católicos a consciência missionária? Este texto está publicado no site: Ambiente Virtual de Formação: Igreja em Rede

 Fonte: http://www.ambientevirtual.org.br/fichas-de-estudo/dgae2011-15-igreja-em-estado-permanente-de-missao/