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SER CATEQUISTA
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Francisco: "Não só trabalhar como catequistas, mas principalmente sê-lo"  

Os participantes do Congresso Internacional sobre a Catequese recebem o Papa com grande entusiasmo
Por Rocio Lancho García

ROMA, 27 de Setembro de 2013 (Zenit.org) 

O Santo Padre reuniu-se nessa tarde na Sala Paulo VI com 1600 catequistas de 50 países, muitos deles na companhia dos seus bispos e sacerdotes para o Congresso Internacional de Catequistas que realizou-se em Roma por causa do Ano da Fé.

Antes de começar o seu discurso, Francisco andou pelo corredor central e passou cumprimentando as pessoas que estavam lá. Os catequistas acolheram o Papa com grande entusiasmo, enquanto pediam a sua bênção e alguns davam-lhe presentes .

Monsenhor Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, disse algumas palavras no início do encontro, onde disse que esta é “uma oportunidade para retomar com entusiasmo um caminho de compromisso comum”.

O Santo Padre começou lembrando que a catequese é um dos pilares da educação da fé, que não é um trabalho como outro qualquer, mas que deve ajudar as crianças, jovens e adultos a conhecer e amar cada vez mais ao Senhor, ou seja uma das aventuras educativas mais bonitas. Da mesma forma ressaltou que não é a mesma coisa “ser” catequista que “trabalhar” como catequista, já que catequista é uma vocação.

Citando Bento XVI recordou que a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração e o que atrai é o testemunho. Dessa forma mencionou as palavras de São Francisco de Assis quando dizia “pregai sempre o Evangelho e se fosse necessário também com as palavras”. 

"Ser catequista - disse o papa Francisco - requer amor, o amor cada vez mais forte por Cristo e amor pelo seu povo santo e este amor necessariamente vem de Cristo. E perguntou-lhes: o que significa este vir de Cristo para um catequista? E explicou: “assim como faziam os antigos jesuítas”: em três pontos.

Em primeiro lugar recomeçar a partir de Cristo significa ter familiaridade com Ele, e acrescenta que “se estamos unidos a Ele podemos dar fruto, e esta é a familiaridade com Cristo”. E destacou assim que ter um “título de catequista” não serve, é somente um pequeno caminho, porque “não é um título, é uma atitude”. Dessa forma, perguntou aos catequistas como estão na presença do Senhor, o que fazem e se se deixam olhar por Ele. Deixar-se olhar por Cristo, destacou o santo padre, é uma forma de rezar e “isso esquenta o coração, tem acesso ao fogo da amizade, faz sentir que Ele verdadeiramente me vê, está perto de mim e me ama”.

Também reconheceu que entende que não é simples", especialmente para aqueles que são casados e têm filhos, é difícil encontrar um longo momento de calma. Mas, graças a Deus, não é necessário fazer tudo da mesma forma; na Igreja há diversidade de vocações e diversidade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo mais adequado para estar com o Senhor; e isso é possível em todos os estados de vida”.

O segundo elemento foi esse: recomeçar de Cristo significa “imitá-lo no sair de si e ir ao encontro do outro”. Uma experiência, explicou o Papa, um pouco paradoxal. Isto é “porque quem coloca no centro da própria vida a Cristo se descentraliza! Quanto mais você se une a Jesus e Ele se transforma no centro da sua vida, mais Ele faz com que você saia de si mesmo, se descentralize e se abra aos outros”.

Francisco explicou essa ideia dizendo que o coração do catequista vive sempre esse movimento de ‘sístole - diástole': união com Jesus e encontro com os outros. E falou do kerygma , que é um dom que o catequista recebe e um dom que ele dá.

E em terceiro lugar, "recomeçar a partir de Cristo significa não ter medo de ir com Ele para as periferias. Aqui, o papa falou sobre a história de Jonas, um homem piedoso, que quando o Senhor o chama para pregar em Nínive não se sente capaz, “Nínive está fora dos seus esquemas, está na periferia do seu mundo”. Com este exemplo o papa disse para não ter medo de sair dos nossos esquemas para seguir a Cristo, “porque Deus não tem medo das periferias”. E acrescentou que Deus é sempre fiel, não é fechado e nem rígido, vem ao nosso encontro, nos compreende. Também destacou a criatividade do catequista elemento chave do seu trabalho. “Se um catequista se deixa levar pelo medo, é um covarde; se um catequista está feliz por ser uma mera estátua de museu; se um catequista é rígido, torna-se seco e estéril” advertiu Francisco aos presentes. E do mesmo modo, recordou que “prefere uma Igreja acidentada do que uma Igreja doente”. E nesse trabalho, “nossa beleza e nossa força” é que “se saímos para levar o Evangelho com amor Ele caminha conosco” e “vai na frente” sempre. O santo padre destacou que Deus sempre nos precede e que se temos medo de ir a uma periferia, na verdade Ele já está lá.

Ao finalizar, o bispo de Roma agradeceu aos catequistas e convidou-lhes a permanecer com Cristo, ser uma só coisa com Ele, seguí-lo e imitá-lo.

 

Quem é Jesus?

Jesus Cristo é o Filho de Deus. Ele (Filho) é a Palavra de Deus (Pai) que se fez Homem; é o próprio Deus que viveu entre os homens; é inteiramente Deus e inteiramente Homem; ‘é o amor encarnado de Deus’[1].

No início do Evangelho de João lemos: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.” O Verbo é a Palavra de Deus e ela existe desde o princípio (Gn 1,1), e a Palavra de Deus é Jesus. Sendo Jesus a Palavra de Deus, Ele está com Deus desde o princípio. Ele mesmo é Deus, Aquele que se dá a conhecer no diálogo com a humanidade, revelando-se como Filho de Deus. Jesus humano é o encontro de Deus com a humanidade. ‘Deus invisível fala aos seus filhos, conversa com eles como amigo e convive com eles como Homem’[2]. Isso aconteceu pelo desejo amoroso do Pai de que os homens se tornassem participantes da ‘natureza divina’ por meio de seu Filho, ou seja, Jesus divino se fez humano para ensinar aos homens que eles são filhos de Deus, mostrando-lhes um Deus que é Pai amoroso e misericordioso. O modo como os homens têm acesso ao Pai é o Espírito Santo que Deus envia a cada um no Batismo (Ef 2,18; 2Pe 1,4).

Jesus Cristo, o Filho de Deus, viveu há 2000 anos, foi gerado por obra do Espírito Santo no ventre de Maria, teve José como pai adotivo, aprendeu a falar, a andar e cresceu como toda criança. Morou em Nazaré e viveu uma vida de silêncio e obediência aos seus pais. Aos 30 anos iniciou a sua vida pública e chamou, para estarem junto de Si, doze discípulos que, durante três anos, viveram com Ele, aprenderam os seus ensinamentos, presenciaram as suas curas e os seus milagres, ouviram as suas parábolas e testemunharam a Sua Paixão (Agonia, Morte e Ressurreição).

Ele ressuscitou dos mortos e se faz presente em todo homem de boa vontade! Continua vivo entre os homens e garante: “todas as vezes que fizerem o bem ao menor de meus irmãos, foi a mim que o fizeram” (Mt 25,40).

Façamos uma reflexão do papel de cada um de nós no contexto familiar. Assumimos nossa postura como pai e mãe? Deixamos nossos filhos ocuparem seus espaços como filhos, irmãos, primogênitos e caçulas? Lembremos que o papel que cada um ocupa na formação familiar é muito importante, pois vemos hoje, em muitas famílias, filhos que mandam nos pais, e pais que querem somente ser amigos dos filhos. São papéis trocados que resultam, sempre, em desarmonia e constante disputa. 

Nós temos um exemplo claro a ser seguido. Lembre-se sempre disso!

Rachel Lemos Abdalla – Presidente Pequeninos do Senhor – 2012    

 

 

Contar histórias de Jesus aos pequeninos

 

O ‘Pequeninos do Senhor’, ciente da importância de se contar histórias para as crianças, traduz para elas, numa linguagem apropriada, as histórias vividas por Jesus, contadas nos Evangelhos.

Sabemos que um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreação que incentiva o instinto lúdico e criativo das crianças, enriquece suas experiências e diversas formas de linguagem são desenvolvidas para sua melhor compreensão. Isso contribui para ampliar o vocabulário, ajuda na formação do caráter, desenvolve a consciência entre o bem e o mal, e proporciona à criança vivenciar aquilo que ela imagina enquanto está ouvindo, e muito mais.

Dentro da proposta de evangelização, as histórias de Jesus formam as crianças para a ética e a moral, adequadas aos princípios de vida cristã.

Os ensinamentos de Jesus devem ser passados para as crianças na linguagem delas, através de teatro, da música, dos desenhos e historinhas que são alimentos para a fé, pois transmitem valores importantes para o crescimento espiritual delas, e despertam o raciocínio e o interesse para agirem de acordo com os princípios cristãos.

A história, quando contada por um adulto, serve como base para a formação e a construção da identidade da criança, partindo dos princípios que se quer passar. Se a história é cristã, ela passa valores cristãos e fraternos; se são contos ou lendas passam valores sociais e solidários, e assim por diante.

Por isso, o ‘Pequeninos do Senhor’, dentro da sua proposta de formação cristã, desenvolve esta importante atividade, na certeza de estar colaborando com a formação de futuros adultos cristãos fortalecidos na fé.

Ouvir histórias é sonhar acordado, e contar histórias para as crianças é se conectar ao mundo infantil. A criança, quando ouve uma história, percebe que a voz do adulto está se dirigindo a ela como uma palavra de amor, por isso, contar histórias é considerado, de fato, um ato de amor que envolve entrega, diálogo e afeto entre o que conta e o que ouve a história.

Ensine o amor aos pequeninos contando história de Jesus para eles!

Rachel Lemos Abdalla – Pequeninos do Senhor 

 

 

 

Francisco aos catequistas: sejam criativos, não tenham medo de romper os esquemas para anunciar o Evangelh

 

2013-09-27 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa encontrou na tarde desta sexta-feira, na Sala Paulo VI, os participantes do Congresso Internacional sobre a Catequese organizado no âmbito do Ano da Fé. Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que "a catequese é um pilar para a educação da fé".
"É preciso bons catequistas!", exclamou, agradecendo aos presentes por esse serviço "à Igreja e na Igreja". "Mesmo se por vezes pode ser difícil, há muito trabalha, se esforça e não se veem os resultados desejados, educar na fé é belo! Talvez seja a melhor herança que podemos dar: a fé! Educar na fé" para que cresça.
Ajudar as crianças, os adolescentes, os jovens a conhecer e a amar sempre mais o Senhor é uma das aventuras educacionais mais bonitas, se constrói a Igreja! 'Ser' catequistas! Não trabalhar como catequistas, eh! – observou.
Isso não serve! Eu trabalho como catequista porque gosto de ensinar... Mas se você não é catequista, não serve! Não será fecundo! Não será fecunda! "Catequista é uma vocação: 'ser catequista', essa é a vocação; não trabalhar como catequista. Vejam bem,não disse 'trabalhar como catequista, mas sê-lo', porque envolve a vida. E assim se conduz ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho".
Francisco convidou a recordar aquilo que Bento XVI disse: "A Igreja não cresce por proselitismo. Cresce por atração". "E aquilo que atrai – precisou o Papa – é o testemunho. Ser catequista significa dar testemunho da fé; ser coerente na própria vida. E isso não é fácil! Não é fácil. Nós ajudamos, conduzimos ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho."
Em seguida, recordou aquilo que São Francisco de Assis dizia a seus confrades: "Preguem sempre o Evangelho e se fosse necessário também com as palavras". Mas antes vem o testemunho: "que as pessoas vejam o Evangelho em nossa vida. E 'ser' catequistas requer amor, amor sempre mais forte a Cristo, amor a seu povo santo. E esse amor não se compra nas casas comerciais; não se compra nem mesmo aqui em Roma. Esse amor vem de Cristo! É um presente de Cristo!
É um presente de Cristo! E se vem de Cristo parte d'Ele e nós devemos partir novamente de Cristo, desse amor que Ele nos dá. O que significa esse partir novamente de Cristo, para um catequista, para vocês, também para mim, porque também eu sou um catequista? O que significa?
O Papa respondeu com três coisas. Em primeiro lugar, partir novamente de Cristo significa ter familiaridade com Ele. Mas ter familiaridade com Jesus: Jesus o recomenda com insistência aos discípulos na Última Ceia, quando se aproxima a viver a doação mais alta de amor, o sacrifício da Cruz.
Jesus utiliza a imagem da videira e dos ramos e diz: permaneçam em meu amor, permaneçam junto a mim, como os ramos na videira. "Se estivermos unidos a Ele – observou Francisco – podemos dar fruto, e essa é a familiaridade com Cristo. Permanecer em Jesus!" É um permanecer apegado a Ele, "com Ele, falando com Ele: mas, permanecer em Jesus".
"A primeira coisa para um discípulo – prosseguiu – é estar com o Mestre, ouvi-lo, aprender d'Ele. E isso vale sempre, é um caminho que dura a vida inteira."
O Papa contou um episódio: "Numa de minhas saídas, aqui em Roma, numa missa aproximou-se um senhor, relativamente jovem e me disse: 'Padre, prazer conhecê-lo, mas não creio em nada! Não tenho o dom da fé! Entendia que era um dom... 'Não tenho o dom da fé! O que me diz?' 'Não desanime. Cristo lhe quer bem. Deixe-se olhar pelo Senhor! Nada mais que isso'.
E isso digo a vocês: deixem-se olhar pelo Senhor! – exortou o Santo Padre:
"Entendo que para vocês não è tão simples: especialmente para quem é casado e tem filhos, é difícil encontrar um tempo longo de calma. Mas, graças a Deus, não é necessário fazer todos do mesmo modo; na Igreja há variedade de vocações e variedade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo adequado para estar com o Senhor; e isso se pode, é possível em qualquer estado de vida."
O Papa acrescentou o segundo elemento: "partir novamente de Cristo significa imitá-lo no sair de si e ir ao encontro do outro. Essa é uma experiência bonita, e um pouco paradoxal. Por qual motivo? Porque quem coloca no centro da própria vida Cristo, se descentra! Quanto mais se une a Jesus e Ele se torna o centro da sua vida, mais Ele o faz sair de si mesmo, o descentra e abre você aos outros.
"O coração do catequista vive sempre esse movimento de 'sistole – diastole': união com Jesus – encontro com o outro. Sistole – diastole. Se falta um desses dois movimentos, não bate mais, não pode viver."
O terceiro elemento, que está sempre nessa linha: "partir novamente de Cristo significa não ter medo de ir com Ele às periferias". De fato, o Pontífice exortou a não ter medo de caminhar com Jesus às periferias:
"Se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista está tranqüilo acaba por tornar-se uma estátua de museu; se um catequista é rígido torna-se estéril. Pergunto-lhes: alguém de vocês quer ser covarde, estátua de museu ou estéril?"
Francisco pediu criatividade e nenhum medo de sair dos próprios esquemas: isso caracteriza um catequista. Quando permanecemos fechados em nossos esquemas, nossos grupos, nossas paróquias, nossos movimentos – explicou – ocorre o que acontece a uma pessoa fechada em seu quarto: adoecemos.
A certeza que deve acompanhar todo catequista – acrescentou Francisco é que Jesus caminha conosco, nos precede. "Quando pensamos ir longe, a uma periferia extrema, Jesus está lá." (RL)

InocenteInocenteInocente

 

PLANEJAMENTO PASTORAL

IDEIAS CLARAS E DISTINTAS

Aprenda que planejar é um instrumento de criatividade e discernimento comunitário

 

POR PE. DANIEL APARECIDO DE CAMPOS, SCJ

 

O sucesso de um empreendimento depende da forma como ele foi planejado e, por isso, é de fundamental importância que os gestores religiosos utilizem a ferramenta do planejamento para executar as ações que favoreçam a presença do Reino. Fazer uso de uma ferramenta garante que os procedimentos sejam executados de maneira lógica, ou seja, ordenados de forma coerente que apresente clareza quanto ao seu começo e ao seu fim. Toda ação precisa ser planejada antes de ser executada, uma vez que essa atitude favorece a constatação do tempo e dos recursos que serão necessários para o sucesso.

O planejamento é um importante instrumento para o exercício da criatividade, na liberdade e no discernimento comunitário. No planejamento, só abrem novos caminhos os que teimam em reinventar o passado. É fundamental nunca perder de vista a experiência, seja ela marcada por conquistas, seja por fracassos, sob a pena de não dispor da base necessária para, sobre ela, edificar o novo. O próprio Jesus nos alertou que até o seguimento deve ser pensado com a lógica do planejamento para que não se caia no fracasso e no desperdício de recurso e de tempo (Cf. Lc 14, 28-30). Atentar para as experiências favorece o sucesso na execução do projeto planejado, contudo se a experiência for encarada como dogma de fé, o seja, utilizar o discurso de que sempre foi assim, o resultado pode ser prior do que os cenários pensados para o fracasso.

Uma coisa é certa e deve ser levada em consideração quando se fala em planejamento pastoral, ou seja, não é possível criar do nada. Partindo do que fazemos e pensamos, em sintonia e diálogo com tudo o que se passa ao nosso redor, que se gestam os saltos qualitativos capazes de nos situar em patamares mais elevados e de nos mergulhar em novas sínteses. Por isso que o planejamento precisa ser executado com um tempo determinado e dispor de recursos para favorecer a leitura da realidade e a confecção de um processo de execução. Para este a disciplina é a atitude primordial para que se possam atingir resultados.

 

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS SOBRE PLANEJAMENTO

Na área do planejamento pastoral, serão sempre as experiências os lugares privilegiados para o ensaio de novos passos. Em certo sentido, os erros podem paralisar o processo ou podem fornecer informações para desenvolver um aprendizado, que ao ser aplicado no processo, pode favorecer os ajustes necessários. Uma atitude de humildade e de reconhecimento dos limites indicara a maturidade do processo e das pessoas responsáveis pelos mesmos. A aprendizagem humana se dá na maioria das vezes sobre a condição da tentativa de acerto e erro. O planejamento deve ser constituído sobre o alicerce de boas avaliações preliminares que apontem os acertos e os erros cometidos até então, contudo, não basta somente constatar, pois é preciso uma reflexão apurada para se construir um marco conceitual que reflita a realidade.

As boas ideias não caem do céu, pois elas brotam da realidade e, por isso, atentar para os erros e acertos, é importante para que um processo de planejamento possa se constituir de maneira eficiente para a obtenção de resultados. As boas ideias que surgem do processo de avaliar e planejar a realidade são o laboratório do novo, tão urgente hoje para podermos dar conta das novas questões que nos desafiam. Avaliar é uma ação difícil, pois as pessoas não estão acostumadas a verificar os processos, uma vez que, o censo comum sempre se preocupou com os resultados e não com os procedimentos. Parar para avaliar um procedimento requer uma atenção e reflexão para os meios utilizados.

Hoje é muito mais difícil planejar do que ontem e não é uma realidade circunscrita somente à Igreja, pois até no âmbito das instituições Econômicas e Financeiras reina o pragmatismo do cotidiano, comandado pelas vicissitudes do mercado. Jogar o jogo do imediatismo pode hoje levar a altos patamares de sucesso, mas também pode conduzir ao mais profundo processo de fracasso. Quantas empresas viram seu sucesso se tornar fracasso do dia para a noite à medida que as ações positivas não foram analisadas. Quantos pastorais foram criados pelas campanhas da fraternidade e com o tempo não se sustentaram devido ao fato de que o gestor não atentou para verificar se os procedimentos estavam adequados para os novos desafios.

As razões se há de buscá-las nas profundas mudanças pelas quais passa o mundo de hoje e, consequentemente, a Igreja. As forças que motivam a mudança e que são fruto da atual crise de civilização, dos metarrelatos, das ideologias e das utopias repercutem diretamente sobre o planejamento que, precisamente, se ocupa em projetar um futuro desejável. Por isso que para planejar é preciso antes formar e informar os agentes do planejamento, visto que, estes não irão, em muitos casos, executar o planejado. Os agentes que executarão precisaram perceber que os resultados serão inovadores a ponto de favorecer uma mudança para consequências positivas para o dia-a-dia.

 

4 exemplos para ações importantes

  1. Articule as ideias com objetividade;
  2. Faça com que sua equipe interaja nas discussões;
  3. Traga para as reuniões os assuntos definidos em assembleia;
  4. Promova formação para os seus colaboradores.

 

O planejamento, como reflexão sistemática da ação e, com ele, o planejamento pastoral têm já um longo itinerário e, certamente, não chegamos ao fim da história nem, muito menos, ao ocaso da história do planejamento.

 

Diversas metodologias de planejamento estão em uso, tais como:

- A normativa

- A estratégica

- A prospectiva

- A participativa

 

Aplicadas ao âmbito da ação pastoral, cada uma é portadora de eclesiologia e mística subjacentes diferenciadas. As metodologias não são neutras e, portanto, não é qualquer uma que é apta para projetar a ação da Igreja de acordo com as necessidades de seu contexto. Por fim, percebe-se que planejar é uma atitude que um bom gestor deve sempre aprimorar, pois junto com o organizar, dirigir e controlar é um dos pilares da atitude de administrar. Um bom gestor sabe planejar utilizando um ou vários métodos para tornar o processo transparente, eficiente e economicamente sustentável.

 

Referência Bibliográfica

BRIGHENTI, Agenor. Reconstruindo a Esperança. 2ª Ed. São Paulo: Paulus, 2000.

 

Pe. Daniel Aparecido de Campos, SCJ é Sacerdote Religioso da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, Especialista em Direito e Gestão Educacional (MBA) pela Escola Paulista de Direito - EPD e Graduando em Administração na Universidade de Taubaté – UNITAU, Ministra curso de Eneagrama (Ferramenta de autoconhecimento) e detém conhecimento intermediário em Tecnologia da Informação. Atualmente é Vice-Diretor Administrativo Adjunto da Faculdade Dehoniana.

 

São muitas as modalidades de planejamento pastoral. Não existe um modelo universal. Os modelos vão constantemente sendo re-elaborados para que possam ser, em cada época, o melhor instrumental para a tornar concreta a nossa fé

NOSSA REALIDADE

Optaremos pelo modelo que se tornou conhecido na realidade latino-americana (método ver, julgar e agir). Nascido no seio da Ação Católica dos anos 50, na Bélgica, encontrou e encontra um campo fértil para seu desenvolvimento na Igreja da América Latina.

Na América Latina, esse método foi recebendo novos elementos de acordo com as necessidades da nossa realidade e com a nossa compreensão teológico-pastoral (foi acrescentado, por exemplo, o “celebrar”, o “avaliar”).

Em muitos lugares é chamado de “método participativo”, colocando em destaque o aspecto “comunhão e participação”, tão importantes à Igreja, especialmente a partir do Con. Vaticano II.

OS PASSOS

Eis os passos a serem considerados ao se fazer um planejamento pastoral participativo:

A. COMEÇANDO O PLANEJAMENTO

A primeira preocupação será a de motivar a comunidade. O planejamento não é idéia e ação de uma ou mais pessoas, mas de toda uma comunidade que sente a necessidade de planejar a ação pastoral. É fundamental a presença de uma boa coordenação que procure harmonizar e fazer acontecer o processo, sem andar na frente e fazer pelos outros.

A preparação do grupo é importante (capacitação metodológica). É preciso ajudar as pessoas a se prepararem para que possam se sentir sujeitos do processo. A constituição de alguns organismos facilita muito a caminhada. Lembremos, por exemplo, de organismos como as Assembléias, os Conselhos de Pastoral, as equipes de serviço, etc.

Mesmo que o planejamento seja um processo contínuo, ele possui os seus tempos. É importante haver, ao menos como base, um prazo definido para começar e terminar. A coordenação do planejamento pastoral deve registrar por escrito todos os passos realizados. O resultado final desse trabalho será praticamente o Plano de Pastoral.

B. VER A REALIDADE

Jamais se começa uma ação pastoral ou um planejamento do zero. É preciso conhecer adequadamente a realidade a ser evangelizada. Nessa realidade já encontraremos muitos sinais da ação de Deus. Ver a realidade significa buscar conhecer a sociedade e a Igreja que realmente temos. Com isso, vamos construindo um “marco da realidade”.

É preciso ver a realidade com o olhar de Deus, um olhar que tem como objetivo a Salvação, ou seja, a transformação da realidade. A caridade pastoral direcionará este olhar. Será muito útil definir alguns enfoques de análise como, por exemplo, analisar a realidade da sociedade e da Igreja; analisar aspectos que formam a realidade como, por exemplo, aspectos pessoais, sociais, políticos, econômicos, religiosos, experiências anteriores, interferências externas, etc. 

           C. JULGAR E ILUMINAR A REALIDADE

É o momento de refletir sobre a sociedade e a Igreja que queremos (construção de um “marco doutrinal”). Julga-se a realidade com os olhos de Deus, tendo como base a Palavra de Deus, a Tradição da Igreja, os valores da nossa Fé, etc.

Compara-se a realidade vista no momento anterior com as idéias e valores do Reino. Tudo isto nos ajuda a discernir os desafios da nossa ação evangelizadora (que podem ser considerados tanto como oportunidades, ameaças ou apelos), relacionar as urgências e prioridades e determinar o que queremos fazer.

D. FIXAR O OBJETIVO GERAL

Do encontro entre o que temos (marco da realidade) e o que queremos ter (marco doutrinal), nasce o objetivo geral, elemento integrador de toda a atividade pastoral. O objetivo geral deve ser elaborado em sintonia com as diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, do Regional, da nossa Diocese, da Paróquia, etc.

E. AGIR NA REALIDADE

É o momento de selecionar e programar as atividades. Esta programação deve ser caracterizada pela unidade, criatividade, visibilidade e objetividade. A escolha de prioridades deve sempre estar em harmonia com o objetivo geral. É importante, neste momento, reforçar e criar estruturas e espaços que garantam a possibilidade de se realizar aquilo que se está programando.

Da mesma forma é precisodefinir as responsabilidades a serem assumidas. Nesse momento, temos praticamente pronto o Plano de Pastoral. Este plano deve ter um prazo de vigência e ser muito bem divulgado para toda a comunidade.

F. AVALIAR O PLANEJAMENTO

O processo de planejamento é contínuo, e contínua deve ser também a avaliação. Todas as etapas do processo de planejamento devem ser avaliadas. Mas, uma vez definido e colocado em prática o plano de pastoral, é preciso definir momentos específicos para a avaliação do próprio plano. É fundamental uma atitude de abertura às críticas, sugestões, etc.

G. RETOMAR O PLANEJAMENTO

É o que garante que o planejamento pastoral se torne verdadeiramente um processo contínuo e não
somente um momento da vida de uma comunidade, de uma pastoral ou de um movimento eclesial. Ao retomar o planejamento, já estaremos começando a preparar um futuro plano.

PARA REFLETIR

1. O que podem significar, para você, afirmações como estas:

  • “mais importante que os resultados futuros de um planejamento pastoral, é o próprio processo de planejamento”;
  • “no planejar já se está evangelizando e se evangelizando”;
  • “o planejamento reflete a Igreja que somos e ao mesmo tempo edifica a Igreja que devemos e podemos ser”.

2. O que significa dizer que, no processo de planejamento pastoral, devemos ser fiéis cem por cento à Graça de Deus e às leis que caracterizam o agir humano?

3. A sua comunidade, o seu movimento eclesial, a sua pastoral experimenta a prática de um processo de planejamento pastoral? Como vocês vivem essa realidade?

 

Pistas para a elaboração dos Programas Pastorais
Antes de falar de “Plano de Pastoral”, é importante considerar a importância do planejamento pastoral. Por que planejar? O que exige a arte de planejar a ação pastoral?
Em primeiro lugar, então, tentemos responder: Por que planejar?
Creio que há muitos motivos para planejar. Enumero aqui alguns: para evitar a “pastoral da improvisação”, do fazer na última hora; para superar o “amadorismo” pastoral, o fazer as coisas por fazer sem refletir e avaliar o que se faz; para vencer a rotina, a tentação de fazer sempre o mesmo, sem atentar para as mudanças e os desafios que elas implicam; para fugir do individualismo, pois só no espírito de comunhão e participação é que nossas ações produzem o efeito que esperamos.
Em segundo lugar, quais as exigências que o planejamento pastoral implica? Repito que são muitas, mas numa abordagem rápida do tema diria que exige sensibilidade, a capacidade de ver a realidade em que estamos, escutar os seus apelos e desafios; exige renúncia, disponibilidade para deixar de lado os gostos pessoais tendo em vista as urgências pastorais; trabalhar em equipe - planejar é tarefa de equipe, onde cada um é importante e, quanto mais são os que participam, mais o planejamento se enriquece; criatividade, condições para assumir riscos, a fim de superar a rotina e, responder melhor aos apelos e necessidades da comunidade; enfim, avaliação constante, disponibilidade para rever constantemente a ação, os passos dados, os caminhos percorridos e as metas que devem ser alcançadas.
Em terceiro lugar será preciso considerar, antes de tudo, que, quando se fala de “Plano Pastoral”, supõe-se a intenção, o esforço da Igreja, da comunidade ou paróquia de planejar a sua ação pastoral. O “Plano de Pastoral” vem a ser parte de um processo mais amplo de planejamento pastoral.
Neste processo, o Plano Pastoral seleciona e identifica as atividades-chaves que é preciso realizar para conseguir as metas propostas no plano; estabelece prazos concretos para a sua realização e organiza os recursos para realizá-las.
Assim, é importante levar em conta estas perguntas:
 O que precisamos fazer?
 Quando devemos fazer
 Quem vai fazer?
O programa ou projeto pastoral nos permite, então, organizar a ação pastoral concreta em seus diferentes aspectos e exigências. Podemos, assim, classificar os elementos do programa pastoral:
O quê? Objetivo
Por quê? Justificativa
Como? Ações
Quem? Sujeitos/responsáveis
Para quem? Destinatários
Quando? Calendário
Com quê Meios/ recursos
1 O objetivo
É o ponto de ligação entre o Plano e o programa ou projeto. Como em todo plano, os objetivos devem ser poucos, claros, realistas, significativos e avaliáveis. Este princípio vale muito mais para os objetivos mais concretos e próximos da ação.
2. Justificativa
A questão que ajuda a clarear a justificativa é: por que escolhemos este objetivo e não outro? Neste aspecto é importante considerar: que projeto de Igreja temos, em que situação nos encontramos, quais nossas necessidades e possibilidades, o que queremos alcançar de específico nesta etapa da nossa ação.
Será importante definir bem a justificativa, para:
- ter a certeza de escolhemos bem nossos objetivos e não nos deixamos levar pela arbitrariedade, pela rotina, pela moda ou onda, ou outra motivação inadequada,
- unificar os critérios e as intenções de todos os que vamos participar do trabalho;
- ter um conjunto de argumentos para convencer os destinatários das diversas ações que programamos.
3. Ações
Trata-se de identificar as atividades pastorais que acreditamos ser possíveis para nos levar a alcançar as metas que temos; daí a necessidade de levar em conta as sugestões de todos os membros envolvidos na elaboração do programa pastoral. Será importante levar em conta a experiência própria ou dos outros. Na definição das ações será importante ter em conta as características da comunidade local, os seus membros e os destinatários a que se dirigem.
4. Sujeitos
É importante ter clareza de quem ou quais pessoas vão realizar cada uma das atividades e seus diferentes momentos. Neste sentido, é preciso suscitar a colaboração e promover a participação do maior número de pessoas. Tratando-se de projetos ou programas pastorais de uma paróquia ou comunidade, é preciso ter bem claro que toda comunidade é sujeito responsável pela realização destes projetos.
Será importante apresentar o programa ou projeto à comunidade paroquial, ao Conselho Paroquial de Pastoral, às associações e grupos mais sensíveis ao objetivo proposto, etc.
Não se trata apenas de uma breve informação, mas uma proposta de colaboração, por meio da qual as pessoas possam dar sugestões e oferecer algum tipo de ajuda.
Ao mesmo tempo, será importante distribuir tarefas e determinar as responsabilidades. Cada atividade e cada uma das tarefas deve ter alguém ou um grupo reduzido de pessoas que sejam responsáveis pela convocação, organização e animação da participação de todos os outros agentes.
5. Destinatários
Na definição das ações ou atividades, será importante ter em vista a quem estas ações se dirigem, levando em conta as suas características, condição, situação de fé, nível cultural, etc. Quanto melhor conhecermos os destinatários, mais adequada e eficaz será a ação.
Pode ser que uma atividade exija estar atento a diferentes tipos de destinatários - por exemplo, na catequese de iniciação, será preciso levar em conta não só as crianças, mas os pais. Neste caso, serão necessárias ações diferentes, coordenadas entre si, mas realizadas de maneira diferente.
Há também “destinatários anônimos”, que não são diretamente previstos. Por exemplo, se organizarmos uma missa para crianças, podemos supor que a ela virão também algumas pessoas maiores ou adultos. Neste caso, o importante será centralizar a maior atenção sobre os destinatários diretos, sem esquecer os indiretos.
6. Calendário
Toda situação deve estar situada no tempo e no espaço, ou seja, devemos estabelecer em que momento vamos fazer cada coisa e em que lugar.
Para uma boa distribuição das tarefas ao longo do atividade, será bom contar com dois tipos de ritmos anuais:
1. O ritmo lógico. Toda iniciativa humana passa fundamentalmente por três momentos: iniciação ou colocação em andamento, desenvolvimento principal e culminação e avaliação. Convém
conhecer este ritmo progressivo para não pretender dar a partida com o motor em máxima aceleração.
2. O ritmo litúrgico. O ano litúrgico deve ser a linha mestra que integra toda a atividade pastoral da Paróquia, pois nos apresenta, de maneira ordenada, os diversos aspectos e momentos da ação salvadora de Deus e as atitudes com que devemos recebê-la. Não só apresenta, mas é sacramento que significa e realiza a obra da salvação.
7. Meios
A última exigência da programação consiste em determinar os meios de que necessitamos para colocar em prática as diferentes ações. Será importante que não coloquemos, no programa, meios que não estão ao nosso alcance.
Precisamos de várias espécies de meios, mas fundamentalmente precisamos de três:
- meios didáticos (textos, cadernos, dossiês, audiovisuais...);
- meios econômicos;
- meios locais (edifícios, instalações, móveis).
Em relação aos meios, convém que nos movimentemos em uma perspectiva evangélica: a força de Deus age na pobreza. Precisamos procurar colocar a serviço do Reino de Deus todos os bens materiais de que dispomos. Mas o crescimento do Reino não depende fundamentalmente da abundância dos meios. Antes, pelo contrário, costumam ser as Paróquias mais pobres as que melhor evangelizam.
Qualidades de um bom Catequista

1. O catequista deve ter uma espiritualidade profunda de adesão a Jesus Cristo e à Igreja. Deve testemunhar por sua vida, seu compromisso com Cristo, a Igreja e sua comunidade. Deve ser uma pessoa de oração e alimentar sua vida com a Palavra de Deus.

2. Deve ser uma pessoa integrada na sua comunidade. A catequese, hoje, deve ser comunitária.

3. O Catequista precisa de uma consciência crítica diante de fatos e acontecimentos. Deve levar a comunidade à reflexão sobre a sua realidade, à luz da Palavra de Deus.

4. Ter sempre uma atitude de animador. Saber ouvir e dialogar, caminhando junto com a comunidade.

5. O catequista deve conhecer a fundo a mensagem que vai transmitir. Deve conhecer a Bíblia e saber interpretá-la; deve saber ligar a vida à Palavra de Deus e vice-versa.

6. O catequista precisa ter também certas qualidades "humanas":
- ser uma pessoa psicologicamente equilibrada;
- saber trabalhar em equipe, ter uma certa liderança e ser criativo;
- ser uma pessoa responsável e perseverante. Responsabilidade e pontualidade são necessárias;
- ter amor aos catequizandos e ter algumas noções de psicologia, didática e técnica de grupo;
- sentir dentro de si a vocação de catequista.

7. O catequista deve cuidar constantemente da sua formação. Nunca pode dizer que está pronto para sua tarefa. Precisamos de uma formação permanente:
- através de dias de encontro, reflexão e oração com os catequistas da sua comunidade;
- planejando e programando junto com os outros, ajudando-se assim mutuamente;
- participando de cursos dentro da própria comunidade ou paróquia,ou fora;
- lendo bastante, atualizando-se sempre, estudando os documentos da Igreja sobre catequese e outros assuntos atuais;
- formando o grupo dos catequistas. 

8. Outras qualidades:

Ninguém nasce catequista. Aqueles que são chamados a esse serviço tornam-se bons catequistas através da prática, da reflexão, da formação adequada, da conscientização de sua importância como educadores da fé.

O catequista exerce um verdadeiro ministério, isto é, um SERVIÇO. E como nos diz o documento Catechesi Tradendae (A Catequese Hoje) a "atividade catequética é uma tarefa verdadeiramente primordial na missão da Igreja".


O catequista não age sozinho, mas em comunhão com a Igreja, com o grupo de catequistas. O grupo de catequistas expressa o caráter comunitário da tarefa catequética. E com o grupo que ele revê suas ações, planeja, aprofunda os conteúdos, reza e reflete.

O catequista necessita das seguintes qualidades:

• Ser uma pessoa com equilíbrio psicológico;

• Ter capacidade de diálogo, criatividade e iniciativa, saber trabalhar em equipe;

• Ser perseverante, pontual e responsável;

• Ser participativo, engajado nas atividades da paróquia, da comunidade e ter espírito de serviço;

• Ter vida de oração, leitura e meditação diária da Palavra de Deus;

• Ter espírito crítico e discernimento diante da realidade;

• Ser capaz de respeitar a individualidade de cada pessoa.

Isso não significa que exista uma pessoa que tenha todas essas qualidades, mas que devemos procurar desenvolvê-las no nosso dia-a-dia, pois se somos chamados, escolhidos por Jesus, Ele nos dá a graça para alcançá-las."

9. Uma paróquia onde não se prega a vivência de Jesus Vivo e Sacramentado e sim um Cristo histórico, como numa escola de catecismo, sem a preocupação de se criar um amor entre o catequizando e Deus.

Veja que o que é proposto pelas diretrizes, digamos, é o modelo ideal, o ápice de uma catequese renovada e cumpridora do papel de evangelizadora. E, neste ponto, entramos num campo mais delicado e surge uma dúvida: 'Como praticar e ser fiel a este modelo?'

Acredito que para começarmos a alcançar esta meta é nessecerário insistir na:

 HUMILDADE e MISERICÓRDIA

Ninguém sabe tudo. Um catequista soberbo que não está aberto a uma formação continuada, está fora da vida sacramental (liturgia, confissão, etc), como poderá testemunhar e enfim, convencer aos catequizandos do amor de Deus? Humildemente devemos reconhecer nossas limitações e que devemos estar em constante RENOVAÇÃO. Não confunda com INOVAÇÃO, ou seja, mudança métodos ou de imagem, por exemplo quando você compra uma roupa nova você está apenas inovando seu visual e está APARENTEMENTE bonita mas não há mudança real na pessoa que continua a mesma antes da roupa nova. RENOVAR é transformar de dentro para fora, é fazer tudo novo, reestruturado, melhorado. E para isso, estudo e vivência da Palavra de Deus, dos Sacramentos e da Doutrina da Igreja é fundamental, para que renovada, a pessoa sempre busque no dia-a-dia viver com ardor e paixão a vocação de catequista, pois nós amamos aquilo que conhecessemos. E quando temos um grande amigo, falamos com nossas ações o amor que temos por ele. Pergunto: 'Catequista, tu és meu amigo, tu me amas?' Reflita a passagem no Evangelho de João capítulo 21, versículos de 15 a 19.

'E se o catequista não quer viver, estudar ou se deixar moldar por este modelo?' Digo tanto para aquele que faz a pergunta e para aquele que lhe é dirigido: usai da MISERICÓRDIA.

Nossa mãe Igreja Católica é sábia. E nos dá o caminho a percorrer ensinando-nos: "As obras de misericórdia são as ações caritativas pelas quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar são obras de misericórdia espiritual, como também perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporal consistem sobretudo em dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem te sede, dar moradia aos desabrigados, vestir os maltrapilhos, visitar os doentes e prisioneiros, sepultar os mortos. Dentre esses gestos de misericórdia, a esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna. É também uma prática de justiça que agrada a Deus" (CIC 2447)

Medite: "O verdadeiro desenvolvimento abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada pessoa de responder à sua vocação, portanto, ao chamamento de Deus." (CIC 2461)


Deus lhe abençoe amigo(a) catequista!

'Não vos conformeis com o mundo!' Conf. Rm 12, 2

Fonte: Site Catequisar