Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese




ONLINE
1




Partilhe esta Página



 

       

         



Total de visitas: 180432
PADROEIROS
PADROEIROS

 

FESTA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI

 

É verdadeiramente digno e justo, necessário 
e salutar, que sempre e em toda a parte Vos 
rendamos graças, Senhor Santo, Pai 
onipotente e Deus eterno; que ao vosso 
Unigênito Filho, Jesus Cristo nosso Senhor, 
Sacerdote eterno e Rei do universo, ungistes 
com o óleo da exultação, para que, 
oferecendo-se a si mesmo na ara da cruz, 
como hóstia imaculada e pacífica, realizasse 
o mistério da redenção da humanidade, e, 
após haver submetido ao seu império todas 
as criaturas, entregasse à vossa infinita 
Majestade um reino eterno e universal: 
reino de verdade e de vida, reino de 
santidade e de graça, reino de justiça, amor 
e paz. Por isso, em união com toda a milícia 
do exército celeste, cantamos um hino à 
vossa glória, repetindo sem fim:
 
SANTO, SANTO, SANTO, SENHOR DEUS DO UNIVERSO.

O CÉU E A TERRA PROCLAMAM VOSSA GLÓRIA!

HOSANA! HOSANA NAS ALTURAS!

BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR.

HOSANA NAS ALTURAS!

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       Na Homilia de hoje, Festa de Cristo Rei,  Pe. José Sebastião  refletia o seguinte: Nas iconografias religiosas costumamos ver Jesus Cristo Rei do Universo, retratado conforme icone acima. Mas sua coraoção, para nos salvar, O Bom Pastor e Rei foi coroado de espinhos e Seu trono o madeiro da CRUZ.

  Adoremos o Nosso Rei e Redentor  de todo nosso coração, corpo e alma.

    





 
ORAÇÃO A SÃO JOSÉ (Aprendi com o meu pai, José Inácio)

Lembrai-vos, ó puríssimo Esposo da Virgem Maria, meu doce Protetor São José, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado vossa proteção, implorado vosso socorro e não fosse por vós atendido. Com grande confiança venho à vossa presença e a vós fervorosamente recomendo a minha família. Não desprezeis a minha súplica, ó pai adotivo do Redentor, mas dignai-vos acolhê-la piedosamente. Assim seja. Amém

Reze 1 Pai Nosso, 3 Ave Marias, Glória.

SÃO JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM MARIA, ROGAI POR NÓS! 

Ilustração: O Sonho de São José, Philippe de Champaigne

  

 

Terço de São Jose

 

CREDO

1 Pai Nosso

Nós vos honramos São José e ao vosso Coração Castíssimo, escolhido por Deus Pai, para ser o pai virginal de Jesus e o Protetor da Santa Igreja.

Ave, José, filho de Davi,...

 

Nós vos honramos São José e ao vosso Coração Castíssimo, escolhido e amado por Deus Filho para ser o seu Pai Virginal, a quem ele obedeceu e respeitou na sua vida terrena.

Ave José, filho de Davi,...

 

Nós vos honramos São José e ao vosso Coração Castíssimo, escolhido pelo Espírito Santo para ser o Esposo Justo, Casto e Santo da Bem-Aventurada Virgem Maria.

Ave José, filho de Davi,... 

1 Glória ao Pai...

 

Jesus, Maria e José, eu vos amo, salvai almas! 

Coração Castíssimo de São José, sede o guardião da nossa família!

 

 

1ª Dor e Alegria de São José

A DIVINA MATERNIDADE DA VIRGEM MARIA

Ó Esposo Puríssimo de Maria Santíssima, glorioso S. José, assim como foi grande a amargura do Vosso Coração na perplexidade de abandonardes vossa Castíssima Esposa, assim foi inexplicável Vossa alegria, quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério da Encarnação.

 Por esta Vossa dor e por este Vosso gozo, vos pedimos a graça de consolardes agora, e nas extremas dores, a nossa alma com a alegria de uma boa morte, semelhante a vossa entre JESUS e MARIA. Amém.

Pai Nosso 10 Aves José Glória ao Pai


 

2ª Dor e Alegria de São José

O NASCIMENTO DE JESUS

Ó felicíssimo Patriarca, glorioso S. José, que fostes escolhido para o cargo de Pai adotivo do Verbo Humanado, a dor que sentistes ao ver nascer em tanta pobreza o DEUS Menino, se vos transformou em júbilo celeste ao escutardes a angélica melodia e ao verdes a glória daquela brilhantíssima noite. 
Por esta Vossa dor, e por Vosso gozo, suplicamos a graça de nos alcançardes que depois da jornada desta vida, possamos ouvir os angélicos louvores, e gozar os resplendores da glória celeste. Amém.

Pai Nosso 10 Aves José Glória ao Pai 

 

3ª Dor e Alegria de São José

A CIRCUNCISÃO DE JESUS

 

Ó obedientíssimo executor das divinas leis, glorioso S. José, o sangue preciosíssimo, que na circuncisão o Redentor Menino derramou, vos traspassou o Coração, mas o nome de JESUS vo-lo reanimou, enchendo-o de contentamento. 
Por esta Vossa dor, e por este Vosso gozo, alcançai-nos que, arrancados de nos os vícios nesta vida, com o nome de JESUS no coração e na boca, expiremos cheios de júbilo. Amém.

Pai Nosso 10 Aves José Glória ao Pai 

 

4ª Dor e Alegria de São José

A PROFECIA DE SIMEÃO

Ó fidelíssimo Santo, que também tivestes parte nos mistérios da nossa redenção, glorioso S. José, se a profecia de Simeão, a respeito do que JESUS e Maria tinham de sofrer, vos causou mortal angústia, também vos encheu de uma sumo gozo pela salvação e gloriosa ressurreição, que igualmente predisse teria de resultar para inumeráveis almas.Por esta Vossa dor, e por este Vosso gozo, obtende-nos que sejamos daqueles que, pelos méritos de JESUS e pela intercessão da Virgem Sua Mãe, têm de ressuscitar gloriosamente. Amém.

Pai Nosso 10 Aves José Glória ao Pai

 

5ª Dor e Alegria de São José

A FUGA PARA O EGITO

Ó vigilantíssimo guardião, intimo familiar do FILHO DE DEUS encarnado, GLORIOSO S. José, quanto penastes para alimentar e servir o FILHO DO ALTÍSSIMO, particularmente na fuga que com Ele fizestes para o Egito! Mas, qual não foi também o Vosso gozo por terdes sempre convosco o mesmo DEUS e por verdes cair por terra os deuses do Egito.

 Por esta Vossa dor, e por este Vosso gozo, alcançai-nos que seja expelido de nós o infernal pecado, especialmente com a fuga das ocasiões perigosas, sejam derrubadas de nosso coração todos os ídolos de afetos terrenos, e que inteiramente empregados no serviço de JESUS e MARIA, para eles somente vivamos e felizes morramos. Amém.

Pai Nosso 10 Aves José Glória ao Pai

 

6ª Dor e Alegria de São José

RETORNO DO EGITO

Ó Anjo da terra, glorioso S. José, que cheio de admiração, vistes o Rei do Céu submisso as vossas ordens; se a Vossa consolação ao reconduzi-lo do Egito foi turbada pelo temor de Arquelau, contudo, sossegado pelo Anjo, permanecestes alegre em Nazaré com JESUS e MARIA. 
Por esta Vossa dor e por este Vosso gozo, alcançai-nos que desocupado o nosso coração de vãos temores, gozemos paz de consciência, vivamos seguros com JESUS e MARIA e entre eles morramos. Amém.

Pai Nosso 10 Aves José Glória ao Pai 

 

7ª Dor e Alegria de São José

A PERDA DO MENINO JESUS NO TEMPLO

Ó exemplar de toda santidade, glorioso S. José, que perdestes o Menino Jesus, sem culpa Vossa, e com aflição O procurastes por três dias, até que com sumo júbilo gozastes de Quem era Vossa Vida, achando-O no Templo de Jerusalém entre doutores. 
Por esta Vossa dor e por este Vosso gozo, vos suplicamos, com o coração nos lábios, que interponhais o Vosso valimento para que nunca nos suceda perdermos JESUS por culpa grave, mas se por desgraça O perdermos, com tão continua dor o procuremos, que o achemos favorável, especialmente em nossa morte, para passarmos a gozá-LO no céu, e lá cantarmos convosco eternamente suas divinas misericórdias. Amém. 

Pai Nosso 10 Aves José Glória ao Pai


 

ORAÇÃO FINAL 

O BEM-AVENTURADO S. JOSÉ

A vós recorremos, ó bem-aventurado São José, em nossas tribulações e depois de ter implorado o auxilio de vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança, solicitamos também a vossa proteção. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus e pelo amor paternal que tivestes para com o Menino Jesus, ardentemente suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue e nos assistais em nossas necessidades com o vosso auxilio e poder.

Protegei, ó guarda providentíssimo da Sagrada Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas dos seus inimigos e de toda a adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, afim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém!

 

Ó CASTISSIMO ESPOSO DA VIRGEM MARIA

Lembrai-vos, ó castíssimo esposo da Virgem Maria, meu querido protetor São José, que nunca se ouviu dizer que alguém, tendo invocado a vossa proteção e pedido a vossa ajuda, não fosse por vós consolado. Com esta confiança eu venho a vós e encarecidamente me recomendo. Ó São José, escutai a minha prece, acolhei-a piedosamente e atendei-a. Amém!

 

Consagração aos Corações de Jesus. Maria e José

Sagrado Coração de Jesus, Imaculado Coração de Maria e Coração Castíssimo de São José, eu Vos consagro neste dia (nesta tarde, nesta noite), a minha mente (+), as minhas palavras (+), o meu corpo (+), o meu coração (+), e a minha alma (+), para que a vossa vontade seja feita através de mim neste dia (nesta tarde, nesta noite). Amém.

 

MEU QUERIDO S. JOSÉ

Meu querido São José, derramai em mim e na humanidade inteira as graças necessárias para alcançar o céu.

Sois digno de todo louvor porque assim Deus o quis.

Bendigo vosso nome três vezes como bendiz a Santíssima Trindade.Corôo vossa vida porque assim já o fez vossa Diletíssima Esposa.

Recorro hoje aos anjos para que vos adornem com sua pureza. José, meu amigo, rogai por nós. 

"Que as virtudes dor Três Corações seja a minha força, a minha luz e a minha esperança." 

"Que a Mão poderosa de Deus que uniu os Três Corações una a minha família" 

"Que o Sagrado Mistério que santificou os Três Corações, santifique minha família"

 

ORACÃO EM HONRA AOS TRES SAGRADOS CORACÕES

Bendita seja a luz dos três corações de Jesus, Maria e José.

Bendito seja os santos raios de luz que inundam a minha alma e a plenifica com sua graça.

Bendito e louvado seja o coração Sagrado de Jesus que me acompanha na minha caminhada.

Bendito e louvado seja o coração Imaculado de Maria que me guarda em seu amor.

Bendito e louvado seja o coração Castíssimo de São José que em sua pureza me revela Deus. Amém

 

 

 

                             Terço de São José

Início: Credo, um Pai-Nosso e três Ave-Maria.

Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém!

Pai-Nosso, que estais no Céu, Santificado seja o Vosso Nome, Venha a nós o Vosso Reino, Seja feita a Vossa Vontade, Assim na Terra como no Céu. O Pão-Nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação , mas livrai-nos do Mal. Amém!

Rezar 03 Ave Maria.

Ave-Maria, cheia de graça! O Senhor é convosco. Bendita sois vós, entre as mulheres e Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus!
Silvana Batalha: Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!

Nas contas grandes:
Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações não vos valeu o anjo do Senhor?

Valei-me, São José!

Nas contas da pequenas:
São José, valei-me!

No final de cada dezena:
Jesus, Maria e José! Nossa família vossa é.

Concluir o terço com este oferecimento:
A vós, glorioso São José, ofereço este terço em louvor e glória de Jesus e de Maria, para que seja minha luz e guia, minha proteção e defesa, minha fortaleza e alegria em todos os meus trabalhos e tribulações, principalmente, na hora da agonia.
Pelo nome de Jesus, pela glória de Maria, imploro o vosso poderoso patrocínio, para que me alcanceis a graça que tanto desejo.
Falai em meu favor, advogai a minha causa no céu, e na terra alegrai a minha alma, para honra e glória vossa, de Jesus e de Maria. Assim seja.

 

 

Santa Maria Goretti



Hoje, 06 de julho, é comemorado o dia de Santa Maria Goretti, padroeira das virgens. Mas mesmo aqueles que foram chamados ao estado conjugal podem imitar muitas de suas virtudes. Desfrutem e aproveitem.
   
   Maria nasceu em 16 de outubro de 1890, em Corinaldo, província de Ancona, Itália. Filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini, terceira de sete filhos de uma família pobre de bens terrenos mas rica em fé e virtudes, cultivadas por meio da oração em comum, terço todos os dias e aos domingos sta. Missa e Sagrada Comunhão. No dia seguinte a seu nascimento, foi batizada e consagrada à Virgem. Aos seis anos recebeu o Sacramento da Confirmação.
Depois do nascimento de seu quarto filho, Luigi Goretti, pela dura crise econômica que enfrentava, decidiu emigrar com sua família às grandes planícies dos campos romanos, ainda insalubres naquela época.
Instalou-se em Ferriere di Conca, colocando-se a serviço do conde Mazzoleni, neste lugar Maria mostra claramente uma inteligência e uma maturidade precoce, onde não existia nenhum pingo de capricho, nem de desobediência, nem de mentira. É realmente o anjo da família.
Após um ano de trabalho esgotante, Luigi contraiu uma doença fulminante, a malária, que o levou à morte depois de padecer por dez dias. Como conseqüência da morte de Luigi, Assunta teve que trabalhar deixando a casa a cargo dos irmãos mais velhos. Maria freqüentemente chorava a morte de seu pai, e aproveita qualquer ocasião para ajoelhar-se diante de sua tumba, para elevar a Deus suas preces para que seu pai gozasse da Glória divina.
Junto com a tarefa de cuidar de seus irmãos menores, Maria seguia rezando e assistindo a seu curso de catecismo. Posteriormente, sua mãe contará que o terço lhe era necessário e, de fato, o levava sempre enrolado em volta do pulso. Assim como a contemplação do crucifixo, que foi para Maria uma fonte onde se nutria de um intenso amor de Deus e de um profundo horror pelo pecado.
 
Amor intenso ao Senhor


Maria desde muito pequena ansiava receber a Sagrada Eucaristia. Segundo era costume na época, deveria esperar até os onze anos, mas um dia perguntou a sua mãe: -Mamãe, quando tomarei a Comunhão?. Quero Jesus. – Como vai tomá-la, se não sabes o catecismo? Além disso, não sabes ler, não temos dinheiro para comprar o vestido, os sapatos e o véu, e não temos nem um momento livre. – Pois assim nunca tomarei a Comunhão, mamãe! E eu não posso estar sem Jesus! – E, o que queres que eu faça? Não posso deixar que comungues como uma pequena ignorante.
Diante destas condições, Maria começou a se preparar com ajuda de uma pessoa do lugar, e todo o povo a ajuda dando-lhe a roupa da Comunhão. Desta maneira, recebeu a Eucaristia em 29 de maio de 1902.
A Comunhão constante acrescenta nela o amor pela pureza e a anima a tomar a resolução de conservar essa angélica virtude a todo custo. Um dia, após ter escutado um intercâmbio de frases desonestas entre um rapaz e uma de suas companheiras, diz com indignação à sua mãe – Mamãe, que mal havia essa menina! -Procura não tomar parte nunca nestas conversações – Não quero nem pensar, mamãe; antes que fazê-lo, preferiria...E a palavra morrer fica entre seus lábios. Um mês depois, ocorre o que ela sentenciou.
 
Pureza eterna
Ao entrar a serviço do conde Mazzoleni, Luigi Goretti havia se associado com Giovanni Serenelli e seu filho Alessandro. As duas famílias vivem em quartos separados, mas a cozinha é comum. Luigi se arrependeu em seguida daquela união com Giovanni Serenelli, pessoa muito diferente dos seus, bebedor e carente de discrição em suas palavras.
Depois da morte de Luigi, Assunta e seus filhos haviam caído sob o jugo despótico dos Serenelli, Maria, que compreendeu a situação, esforça-se para apoiar sua mãe:
-Ânimo, mamãe, não tenhas medo, que já estamos crescendo. Basta com que o Senhor nos conceda saúde. A Providência nos ajudará. Lutaremos e seguiremos lutando!
Desde a morte de seu marido, Assunta sempre esteve no campo e nem sequer tem tempo de ocupar-se da casa, nem da instrução religiosa dos mais pequenos. 

Maria se encarrega de tudo, na medida do possível. Durante as refeições, não se senta à mesa até que todos estejam servidos, e para ela serve as sobras. Sua obsequiosidade se estende igualmente aos Serenelli. Por sua vez, Giovanni, cuja esposa havia falecido no hospital psiquiátrico de Ancona, não se preocupa em nada com seu filho Alessandro, jovem robusto de dezenove anos, grosseiro e vicioso, que gostava de cobrir seu quarto com imagens obscenas e ler livros indecentes. Em seu leito de morte, Luigi Goretti havia pressentido o perigo que a companhia dos Serenelli representava para seus filhos, e havia repetido sem cessar à sua esposa: – Assunta, volte para Corinaldo! Infelizmente Assunta está endividada e comprometida por um contrato de arrendamento.

   Depois de ter maior contato com a família Goretti, Alessandro começou a fazer proposições desonestas à inocente Maria, que em um princípio não compreende. 

Mais tarde, ao adivinhar as intenções perversas do rapaz, a jovem está sobre aviso e rejeita a adulação e as ameaças. Suplica à sua mãe que não a deixe sozinha na casa, mas não se atreve a explicar-lhe claramente as causas de seu pânico, pois Alessandro a havia ameaçado – Se contar algo a tua mãe, te mato. Seu único recurso é a oração. Na véspera de sua morte, Maria pede novamente chorando à sua mãe que não a deixe sozinha, mas, ao não receber mais explicações, esta o considera um capricho e não dá nenhuma importância àquela reiterada súplica.

No dia 5 de julho, a uns quarenta metros da casa, estão debulhando as favas na terra. Alessandro leva um carro puxado por bois. O faz girar uma e outra vez sobre as favas estendidas no chão. Às três da tarde, no momento em que Maria se encontra sozinha em casa, Alessandro diz:
" – Assunta, quer fazer o favor de levar um momento os bois para mim?" Sem suspeitar nada, a mulher o faz, Maria, sentada na soleira da cozinha, remenda uma camisa que Alessandro lhe entregou depois de comer, enquanto vigia sua irmãzinha Teresinha, que dorme a seu lado.
– "Maria!, grita Alessandro. – Que queres? – Quero que me sigas. – Para quê? – Segue-me!
– Se não me dizes o que queres, não te sigo".




Maria estava no topo da escada quando Alessandro a insita a entrar na casa.


Perante a resistência, o rapaz a agarra violentamente pelo braço e a arrasta até a cozinha, trancando a porta. A menina grita, o ruído não chega ao lado de fora. Ao não conseguir que a vítima se submeta, Alessandro a amordaça e esgrime um punhal. Maria põe-se a tremer, mas não sucumbe. Furioso, o jovem tenta com violência arrancar-lhe a roupa, mas Maria se desata da mordaça e grita:
– Não faças isso, que é pecado... Irás para o inferno.
Pouco cuidadoso com o juízo de Deus, o desgraçado levanta a arma:
– Se não deixar, te mato.
Frente àquela resistência, a atravessa com facadas. A menina se põe a gritar:
– Meu Deus! Mamãe!, e cai no chão.
Pensando que estava morta, o assassino atira a faca e abre a porta para fugir, mas ao escutá-la gemer de novo, volta sobre seus passos, pega a arma e a atravessa outra vez de parte a parte; depois, sobe e se tranca em seu quarto.

Local do martírio


Maria recebeu catorze feridas graves e ficou inconsciente. Ao recobrar a consciência, chama o senhor Serenelli: – Giovanni! Alessandro me matou... Venha. Quase ao mesmo tempo, despertada pelo ruído, Teresinha lança um grito estridente, que sua mãe escuta. Assustada, diz a seu filho Mariano: – Corre a buscar a Maria; diga-lhe que Teresinha a chama.
Naquele momento, Giovanni Serenelli sobe as escadas e, ao ver o horrível espetáculo que se apresenta diante de seus olhos, exclama: – Assunta, e tu também, Mário, vem!. Mario Cimarelli, um trabalhador da granja, sobe as escadas à toda pressa. A mãe chega também: – Mamãe!, geme Maria. – É Alessandro, que queria me fazer mal! Chamam o médico e os guardas, que chegam a tempo para impedir que os vizinhos, muito exaltados, matassem Alessandro no ato.


Sofrimento redentor


Ao chegar ao hospital, os médicos se surpreenderam de que a menina ainda não havia sucumbido a seus ferimentos, pois alcançou o pericárdio, o coração, o pulmão esquerdo, o diafragma e o intestino. Ao diagnosticar que não tem cura, chamaram o capelão. Maria se confessa com toda clareza. Em seguida, durante duas horas, os médicos cuidam dela sem adormecê-la.
Maria não se lamenta, e não deixa de rezar e de oferecer seus sofrimentos à Santíssima Virgem, Mãe das Dores. Sua mãe conseguiu que lhe permitam permanecer à cabeceira da cama. Maria ainda tem forças para consolá-la : – Mamãe, querida mamãe, agora estou bem... Como estão meus irmãos e irmãs?
Em um momento, Maria diz à sua mãe: – Mamãe, dê-me uma gota de água. – Minha pobre Maria, o médico não quer, porque seria pior para ti. Estranhada, Maria continua dizendo:
– Como é possível que não possa beber nem uma gota de água? Em seguida, dirige o olhar sobre Jesus Crucificado, que também havia dito: – Tenho sede!, e entendeu.
O sacerdote também está a seu lado, assistindo-a paternalmente. No momento de lhe dar a Sagrada Comunhão, perguntou-lhe: – Maria, perdoa de todo coração teu assassino? Ela respondeu: – Sim, perdoo pelo amor de Jesus, e quero que ele também venha comigo ao Paraíso. Quero que esteja a meu lado... Que Deus o perdoe, porque eu já o perdoei.
Passando por momentos análogos pelos quais passou o Senhor Jesus na Cruz, Maria recebeu a Eucaristia e a Extrema unção, serena, tranquila, humilde no heroísmo de sua vitória.
Depois de breves momentos, escutam-na dizer: "Papai". Finalmente, Maria entra na glória da Comunhão com Deus amor. É o dia 6 de julho de 1902, às três horas da tarde.


Relíquia que contém o punhal que lhe tirou a vida.
A conversão de Alessandro


No julgamento, Alessandro, aconselhado por seu advogado, confessou: – "Gostava dela. A provoquei duas vezes ao mal, mas não pude conseguir nada. Despeitado, preparei o punhal que devia utilizar". Por isso, foi condenado a 30 anos de trabalhos forçados. Aparentava não sentir nenhum arrependimento do crime tanto assim que às vezes o escutavam gritar:
" – Aníma-te, Serenelli, dentro de vinte e nove anos e seis meses serás um burguês!" Entretanto, alguns anos mais tarde, Dom Blandini, bispo da diocese onde está a prisão, decide visitar o assassino para encaminhá-lo ao arrependimento. " – Está perdendo o tempo, monsenhor - afirma o carcereiro - , ele é um duro!"
Alessandro recebeu o bispo resmungando, mas perante a lembrança de Maria, de seu heróico perdão, da Bondade e da Misericórdia infinita de Deus, deixa-se alcançar pela Graça. Depois do Prelado sair, chora na solidão da cela, perante a estupefação do carcereiro.
Depois de ter um sonho onde Maria lhe apareceu, vestida de branco nos jardins do Paraíso, Alessandro, muito questionado, escreveu a Dom Blandini: " – Lamento pelo crime que cometi porque sou consciente de ter tirado a vida de uma pobre menina inocente que, até o último momento, quis salvar sua honra, sacrificando-se antes de ceder à minha criminal vontade. Peço perdão a Deus publicamente, e à pobre família, pelo enorme crime que cometi. Confio obter também eu o perdão, como tantos outros na terra". Seu sincero arrependimento e sua boa conduta na prisão lhe devolvem a liberdade quatro anos antes da expiração da pena. Depois, ocupa o posto de hortelão em um convento de capuchinhos, mostrando uma conduta exemplar, e é admitido na Ordem Terceira de São Francisco.
Graças à sua boa disposição, Alessandro foi chamado como testemunha no processo de beatificação de Maria. Foi algo muito delicado e penoso para ele, mas confessou: " – Devo reparação, e devo fazer tudo o que esteja a meu alcance para sua glorificação. Toda a culpa é minha. Deixei-me levar pela brutal paixão. Ela é uma santa, uma verdadeira mártir. É uma das primeiras no Paraíso, depois do que teve que sofrer por minha causa".
No Natal de 1937, Alessandro dirigiu-se a Corinaldo, lugar onde Assunta Goretti havia se retirado com seus filhos. E vai simplesmente para fazer reparação e pedir perdão à mãe de sua vítima. Ao chegar diante dela, pergunta-lhe chorando. " – Assunta, podes me perdoar? – Se Maria te perdoou -balbucia-, como eu não vou te perdoar?" No mesmo dia de Natal, os habitantes de Corinaldo ficam surpresos e emocionados ao verem aproximar-se à mesa da Eucaristia, um ao lado do outro, Alessandro e Assunta.


Assunta e Alessandro à época da beatificação de Maria.

04/10 – São Francisco de Assis

Com apenas 44 anos de idade, a 3 de outubro de 1226, morria no chão nu da Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, proximidades de Assis, o autêntico arauto da perfeição evangélica, São Francisco. Com idade de 24 anos, tinha se despojado de tudo: riquezas, ambições, orgulho, e até da roupa que usava, para desposas a Senhora Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade. Nascido numa cidade de comércio, de pai comerciante, o jovem rebento de Bernardone gostava das alegres companhias e gastava com certa prodigalidade o dinheiro do pai. Aos vinte anos, quis alistar-se como cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa, mas em Spoleto, teve um sonho revelador no qual era convidado a seguir de preferência o Patrão do que o servo. Voltando a Assis, dedicou-se ao serviço dos doentes e pobres e num dia do outono de 1205, enquanto meditava extasiado na igrejinha de S. Damião, pareceu-lhe ter ouvido uma voz saída do crucifixo: “Vá escorar a minha Igreja, que está desabando.” Com a renúncia definitiva aos bens paternos, aos 25 anos, Francisco deu início à sua vida religiosa. Na primeira etapa vemos Francisco em hábito de eremita, levando vida solitária e errante, até que uma frase luminosa do Evangelho impeliu-o à pregação e à constituição do primeiro núcleo da Ordem dos Frades Menores, cuja regra foi aprovada pelo papa Inocêncio III. Esse segundo capítulo da vida do santo é caracterizada por uma intensa pregação e incessantes viagens missionárias, para levar aos homens, frequentemente armados uns contra os outros, a mensagem evangélica de paz e bem. Após ter-se aventurado a uma viagem à Terra Santa, À Síria e ao Egito, em 1220 voltou para Assis e tratou de pôr em ordem a própria casa, redigindo a segunda Regra, aprovada por Honório III. Já debilitado fisicamente pelas duras penitências, entrou na última etapa de sua vida, que assinalou a sua perfeita configuração a Cristo, até fisicamente, com o sigilo dos estigmas, recebidos sobre o monte Alverne a 14 de setembro de 1224. Autor do Cântico do Irmão Sol, um dos santos mais amados pelo mundo inteiro, São Francisco foi canonizado dois anos após a morte. Em 1939, Pio XII tributou um ulterior reconhecimento oficial ao “mais italiano dos santos e mais santo dos italianos”, proclamando-o padroeiro principal da Itália.
Aparição de Nossa Senhora das Graças em Paris na França

Nossa Senhora apareceu a Santa Catarina Labouré, então uma noviça das Irmãs da Caridade em Paris, França, no século XIX.
PRIMEIRA APARIÇÃO

 
A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de Julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. 





Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.
Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia:
"Irmã Labouré, vem à capela; Santa Maria te aguarda".
Mas ela replicou: "Seremos descobertas!".
A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". 




Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada.
Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz.
A voz continuou: "A santíssima Maria deseja falar-te".
Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:
"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor.
 Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem.
Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti.
Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". 





Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

SEGUNDA APARIÇÃO
Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento.
Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas.
Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". 




Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.
Então a visão modificou-se e Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia:
"Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Desta vez a Virgem deu instruções diretas:
"Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". 

Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas.
Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha.
Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida.
A Virgem disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

AS PRIMEIRAS MEDALHAS MILAGROSA


De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder de Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832.
Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Santa Maria da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer.
 Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada:

 
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.
Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular, em 1858 ratificada em Lurdes, e transformada em dogma pelo Papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho.
Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira imaculada.
Prodígios e propagação da Medalha Milagrosa
Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingia Paris.
 O flagelo se manifestou em 26 de março de 1832 e se estendeu até meados do ano.
No dia 1 de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9.
No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números para evitar a intensificação do pânico popular.
No dia 30 de junho, foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa Vachette, e as religiosas Filhas da­ Caridade começaram a distribuí-las entre os flagelados.
Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios de conversão, proteção e cura, que em poucos anos tornaram a Medalha Milagrosa mundialmente conhecida.
Catarina também tinha o dom da profecia, e uma das suas profecias, ainda não realizada, refere-se ao grande triunfo de Nossa Senhora:
“Oh que maravilha será ouvir: “Maria é a Rainha do universo. Será uma época de paz, gozo e bênçãos, que durará por um tempo bastante longo”.
Em vários países, as pessoas fazem novenas durante o mês de novembro, preparando-se para o dia 27 de novembro.

Simbolismo da Medalha Milagrosa



A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.

Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.







As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Stella Maris.

O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.

O M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a repetição do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.



Santa Catarina Labouré 



 
(Catherine Labouré, 2 de maio de 1806 - 31 de dezembro de 1876) foi uma religiosa da França.

Catarina nasceu em Fain-lès-Moutiers, filha de Pierre Labouré. Quando tinha nove anos sua mãe morreu, e Catarina, a pedido de seu pai, passou a cuidar de dois de seus irmãos.
Sentiu uma forte vocação religiosa, entrou para as Irmãs da Caridade.
 Era extremamente devota, um tanto romântica, e dada a visões e intuições místicas.
Foi através de um sonho que teve com São Vicente que ela escolheu a Ordem em que entrou. Tendo cedo perdido a mãe, era especialmente apegada à Virgem Maria.
Durante a noite 18 de Julho de 1830, Catarina acordou depois de ouvir a voz de uma criança que dizia: irmã, todo mundo está dormindo, vem à capela, a Virgem Maria a espera. Acreditando na voz, Catarina segue a criança.
Chegando à capela, Catarina vê a Virgem Maria ela continuou tendo estas visões até que em 27 de Novembro de 1830, a Virgem se apresenta como Nossa Senhora das Graças, e lhe dá a Medalha Milagrosa para ser cunhada.

Morreu em 31 de Dezembro de 1876.


Seu corpo foi exumado em 1933, sendo encontrado incorrupto, e hoje é exposto à veneração na capela de sua Ordem, a mesma onde aconteceram as visões, na Rue du Bac, 140, em Paris.
Foi canonizada em 27 de julho de 1947 por Pio XII.

"O serviço dos pobres acima de tudo" - Carta raríssima de São Vicente de Paulo

Não temos de avaliar os pobres por suas roupas e aspecto, nem pelos dotes de espírito que pareçam ter. Com frequência são ignorantes e curtos de inteligência. Mas muito pelo contrário, se considerardes os pobres à luz da fé, então percebereis que estão no lugar do Filho de Deus que escolheu ser pobre. De fato, em seu sofrimento, embora quase perdesse a aparência humana - loucura para os gentios, escândalo para os judeus - apresentou-se, no entanto, como evangelizador dos pobres: Enviou-me para evangelizar os pobres (Lc 4,18). Devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar aquilo que ele fez: ter cuidado pelos indigentes, consolá-los, auxiliá-los, dar-lhes valor. 
Com efeito, Cristo quis nascer pobre, escolheu pobres para seus discípulos, fez-se servo dos pobres e de tal forma quis participar da condição deles, que declarou ser feito ou dito a ele mesmo tudo quanto de bom ou de mau se fizesse ou dissesse aos pobres. Deus ama os pobres, também ama aqueles que os amam. Quando alguém tem um amigo, inclui na mesma estima aqueles que demonstraram amizade ou prestam obséquio ao amigo. Por isso esperamos que, graças aos pobres, sejamos amados por Deus. Visitando-os, pois, esforcemo-nos por entender os pobres e os indigentes e, compadecendo-nos deles, cheguemos ao ponto de poder dizer com o Apóstolo: Fiz-me tudo para todos (1Cor 9,22). POr este motivo, se é nossa intenção termos o coração sensível às necessidades e misérias do próximo, supliquemos a Deus que derrame em nós o sentimento de misericórdia e de compaixão, cumulando com ele nossos corações e guardando-os repletos.
Deve-se preferir o serviço dos pobres a tudo o mais e prestá-lo sem demora. Se na hora da oração for necessário dar remédios ou auxílio a algum pobre, ide tranquilos, oferecendo esta ação a Deus como se estivésseis em oração. Não vos pertubeis com angústia ou medo de estar pecando por causa do abandono da oração em favor do serviço aos pobres. Deus não é desprezado, se por causa de Deus dele nos afastarmos, quer dizer, interrompermos a obra de Deus para realizá-la de outro modo.
Portanto, ao abandonardes a oração, a fim de socorrer a algum pobre, isto  mesmo vos lembrará que o serviço é prestado a Deus. Pois a caridade é maior do que quaisquer regras que, além do mais, devem todas tender a ela. E como a caridade é uam grande dama, faz-se necessário cumprir o que ordena. Por conseguinte, prestemos com renovado ardor nosso serviço aos pobres; de modo particular aos abandonados, indo mesmo à procura, pois nos foram dados como senhores e protetores. 
-- Dos Escritos de São Vicente de Paulo

São Vicente de Paulo



São Vicente de Paulo
“O Apóstolo da Caridade”.

27 de Setembro

“Nasceste da família mais humilde, mas tua origem preparou-te para a glória e a pobreza de tua infância obscura fez-te capaz de ser o Pai dos Pobres.”

Na Pequena aldeia de Pooy, perto da cidade de Dax ao Sul da França, nasceu o terceiro, dos seis filhos do casal de João de Paulo e Bertranda de Morais, era o dia 24 de abril de 1581, no mesmo dia foi batizado e recebeu o nome de Vicente, que quer dizer “Vencedor do Mal”.
Vicente, assim como seus irmãos, foram instruídos por sua mãe e dela também receberam o ensino religioso.
Desde muito cedo Vicente trabalhou com pastor de ovelhas e de porcos, seus irmãos mais velho ajudavam os pais na lavoura.
A piedade e a religiosidade marcaram o nosso pequeno pastor; em frente a sua casa tinha um grande Pé-de-Carvalho e nele formou-se um buraco que Vicente colocou uma pequena imagem da Virgem Maria e onde, diariamente, se ajoelhava e fazia suas orações.
Sua inteligência e piedade, logo chamaram a atenção do vigário, que aconselhou seus pais a permitirem que ele entrasse na escola.
Foi matriculado em um colégio religioso de Franciscanos na cidade de Dax e lá fez os estudos básicos. Os estudos teológicos foram feitos na universidade de Tolusa. Foi ordenado sacerdote em 23 de setembro de 1600, estava com 19 anos, e aos 23 recebe o título de doutor em Teologia.
Pe. Vicente era muito estimado por todos, e seus sermões edificavam os seus ouvintes. Uma rica viúva que gostava de ouvir as sua pregações, ciente de que ele era muito pobre, deixou para ele uma herança, uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.
Ele foi atrás do devedor, encontrando-o recebeu grande parte do dinheiro; ao regressar o barco que estava foi aprisionado pelos piratas turcos, os passageiros foram levados para Turquia e lá vendidos com escravos.
Pe. Vicente foi vendido para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, ele passou para o poder de seu sobrinho que o vendeu a um fazendeiro.
Depois de algum tempo é libertado pelo fazendeiro e retorna para França, e lá em Avinhas, hospeda-se na casa do Vice-Legado do Papa e com ele vai para Roma, lá estuda e se forma e Direito Canônico.
Pe. Vicente retorna a França a pedido do Papa para levar um documento sigiloso ao Rei e pelo Rei foi escolhido como Capelão da Rainha. Seu serviço era atender os menos favorecidos, levando o alimento material e espiritual a todos os necessitados. Visitava diariamente os hospitais, presídios, escolas etc.
O ambiente no palácio era por demais luxuoso e Pe. Vicente pediu a Rainha para ir morar numa pensão.
Com o passar do tempo Pe. Vicente conhece o Pe. Berulle, e este logo foi nomeado Bispo de Paris. Pe. Vicente foi indicado para assumir uma pobre paróquia no subúrbio de Paris; lá criou a confraria do Rosário para que seus confrades visitassem os doentes diariamente.
O Bispo Dom Berulle indica o Pe. Vicente para dar formação aos filhos do general das Galeras, assim com atender os colonos e trabalhadores de suas propriedades.
Foi residir no Palácio dos Gondi, e lá morou por 5 anos, e com auxílio da Senhora de Gondi, funda a Congregação das Missões e a Confraria da Caridade, sendo que a primeira cuidaria da evangelização dos pobres camponeses e a confraria da caridade daria assistência espiritual e corporal aos doentes menos favorecidos, era o ano de 1618.
Muitos homens, inclusive muito jovens seguem Pe. Vicente, que exige de seus filhos espirituais pregações simples e ternura em seus corações. Pe. Vicente recebe um leprosário que estava vazio, para residência de seus padres.
Somente em 1633 a ordem recebeu o reconhecimento , a bula do Papa Urbano VIII. Pe. Vicente sempre tinha um olhar de ternura e carinho para com as crianças abandonadas, os velhos esquecidos e marginalizados, os pobres e doentes, além dos encarcerados. Durante sua vida fundou grandes obras, que até hoje estão a serviço da humanidade.
Em 1633, encontra-se com a viúva Luísa de Marilac e com ela funda a Confraria das Irmãs da Caridade. Muitas damas da sociedade unem-se a nova ordem, e juntas formam um exército de voluntárias que saem pelas ruas, para visitar os presos, os idosos desamparados e principalmente as crianças jogadas nas ruas e nas sargetas da intolerância.
O Serviço Social nasce de ideais de Pe. Vicente e Luísa de Marilac; que juntos recolhem fortunas dos ricos e as distribuem para necessidades dos seus assistidos.
Em 1648, Pe. Vicente envia seus coirmãos, para as primeiras missões em Madagáscar.
Pe. Vicente dizia que: “Jamais devemos perder de vista o divino modelo! É preciso ver Jesus Cristo no pobre, e ver no pobre a imagem de Cristo.”
Na madrugada de 27 de setembro de 1660, Pe. Vicente com seus quase 80 anos e uma vida cheia de lutas, conquistas e doações, entrega nas mãos do dispensador de nossas vidas, a sua própria vida. Pe. Vicente gastou-se por amor...
Seu sepultamento foi marcado pelas lágrimas de gratidão de tantos orfãos que o tiveram por pai, de tantos idosos que o tiveram por filho, de tantos doentes que o tiveram como remédio e de tantos encarcerados que o tiveram como advogado, conselheiro e amigo.
Foi canonizado em 1737, e em 1885 é declarado o Patrono de todas as obras de caridade da Igreja.
São Vicente, a tua presença no mundo, através de teus filhos e filhas espirituais, é o que o faz ser mais e melhor.
Louvemos a Deus, pelas maravilhas realizadas em seus Santos e Santas.
Amém
Paz e Bem!

           Santa Mônica nasceu no ano de 332 e  foi a mãe do nosso grande Santo Agostinho.  

                                                Os pais de Santa Mônica, muito piedosos, confiaram-lhe a educação a uma senhora de grandes virtudes, ligada à família por íntima amizade.  Embora branda e suave no modo de educar a menina, com firmeza aplicou os princípios sãos da pedagogia cristã, acostumando a educanda às práticas de  uma mortificação prudente e moderada. Regra, cuja observação exigia e que por Santa Mônica era fielmente observada, era não tomar alimento de espécie alguma, a não ser na hora  das refeições.   Apesar deste regime salutar, deixou-se  Mônica  levar por uma natural inclinação ao vinho. Devido à sua sobriedade e espírito de mortificação, era ela de preferência mandada  à adega, buscar vinho para a mesa. A ocasião de levar o precioso e  saboroso líquido, era demais propícia, para que  não fosse  aproveitada pela menina.  Como não houvesse nenhuma reprovação da parte dos pais que, aliás, nada podiam suspeitar, Mônica adquiriu o costume de beber vinho.  

                                                Deus , porém , enfastiou-a de  um hábito,  que mui facilmente poderia  ter-se transformado num vício pernicioso.  Em uma daquelas contendas, que soem haver na vida familiar e  entre a criadagem, Mônica foi ofendida por uma palavra mordaz de uma criada, a qual, num ímpeto de raiva, a chamou de beberrona, dizendo  que não havia mais em casa que não soubesse das libações clandestinas. Mônica, não tanto pela ofensa que sofrera, porém, mais pelo conhecimento do seu proceder incorreto, tomou a  resolução de  abster-se completamente do vinho, propósito  que cumpriu  rigorosamente. 

                                                Pouco depois, recebeu o santo Batismo, cuja graça conservou por toda a  vida, pela pureza da fé e  pela santidade de  vida.  Grande foi a sua caridade  para com os pobres. Sabendo que era difícil conservar-se na graça de Deus, evitava  os divertimentos profanos, fugia das ocasiões perigosas e desprezava as  exigências e extravagâncias da moda. 

                                                Tendo  chegado à cidade própria, os pais casaram-na  com um cidadão de  Tagaste, na África, de nome Patrício, que era filho de  família ilustre, mas pobre, pagão e  homem de sentimentos  rudes. O caráter  indômito e violento do marido era para a esposa uma fonte de sofrimentos e  provações,  as mais duras.  Mônica  sofreu tudo  com paciência e mansidão, não respondendo a Patrício, senão por obras de uma caridade  sem limites e pela oração.  Longe de  se  queixar ou prestar ouvido às más línguas, que procuravam semear-lhe discórdias  no lar, Mônica defendia o marido e não tolerava que o difamassem em sua presença. Deus recompensou esta dedicação, tendo Mônica a satisfação de ver a conversão do marido. Do seu matrimônio, Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navígio e uma filha Perpétua,  que se fez  religiosa.  O mais velho, Agostinho,  causou grandes amarguras  à mãe, até que enfim,  pela conversão e completa  mudança de vida, se lhe tornou uma  glória. 

                                                Embora não lhe deixasse faltar bons  conselhos e apesar de o educar  nos princípios  da Religião Católica, a vivacidade, a inconstância e  a  volubilidade  do filho inspiravam à boa mãe sérios cuidados e  abriram-lhe  uma expectativa pouco lisonjeira para o futuro do menino. Por este motivo e temendo que perdesse a graça do Batismo, não o apresentou para ser batizado. Os fatos provaram como eram fundados  os receios  da mãe. Agostinho desde os verdes anos se  inclinou para o mal e mais tarde se  filiou à seita dos Maniqueus. 

                                                Dezessete anos contava Agostinho, quando perdeu o pai. Para continuar os estudos, dirigiu-se  para Cartago. O Coração de Mônica sofreu atrozmente com as  notícias  desoladoras, que continuamente  recebia do filho. Tão magoada ficou, que chegou a fechar a  este  a porta da sua casa. Deus, porém,  consolou-a em visões misteriosas, mostrando-lhe a futura conversão de Agostinho. Confortada desta sorte, consentiu que este tornasse a morar em sua casa e lhe assentasse à mesa. 

                                                Nem assim deixou de rezar constantemente pela conversão do filho e  pedir a outros que o mesmo fizessem. Recomendou-o a diversos bispos, entre estes a um, que também tinha pertencido à seita dos Maniqueus. Este muito a animou, dizendo-lhe: "O coração de  teu filho não está ainda preparado, mas Deus determinará o momento. Vai e  continua a rezar: é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas". 

                                                De fato, soou a hora da conversão de  Agostinho. Este que era a lente da arte retórica em Cartago, começou a  conhecer os erros da  seita dos Maniqueus e  a experimentar nojo dos seus vícios. De Cartago dirigiu-se Para Roma e  de lá para Milão, onde Santo Ambrósio era Bispo. 

                                                Sabendo do plano de  seu filho, de ir para Roma, Mônica quis acompanhá-lo. Agostinho, porém,  soube habilmente se  furtar à companhia da mãe. Sem avisar, tomou um outro navio e quando ela chegou ao lugar do embarque, ele  já havia partido. 

                                                Mônica sabendo da mudança do filho para Milão, seguiu-o e teve o consolo de ouvir de Santo Ambrósio, que o filho já se tinha convertido. Em 387 receberam Agostinho, seu filho Adeodato e  o amigo Alípio o santo Batismo. 

                                                Agostinho resolveu então voltar, com a mãe para a África. Chegando a Ostia, disse-lhe ela:  "Vendo-te hoje cristão Católico, nada mais me resta a  fazer neste mundo".  Caiu em uma doença grave e morreu, tendo alcançado a  idade de 56 anos. O Filho Agostinho, nas suas célebres "Confissões" , erigiu um monumento indelével à memória da santa mãe. 

                                                O Papa  Alexandre III colocou o  nome de Santa Mônica entre Santos da  Igreja Católica. Sob o pontificado de Martinho V (1430) foi o  corpo de Santa Mônica transportado para  Roma e  depositado na Igreja de Santo Agostinho. 

                                                A devoção a  Santa Mônica tomou novo incremento pelo fato de  ser ela declarada Padroeira das Associações das Mães Cristãs. De Santa Mônica podem as mães aprender o interesse que devem ter pela  salvação dos filhos. 

Reflexões:

Santa Mônica tinha mau marido e  mau filho.  Ambos se  converteram devendo-se atribuir-lhes  a conversão,  à paciência, à caridade, às penitências e  orações da  santa esposa e mãe.  A conversão de um pecador  é um grande milagre, que só de Deus se pode esperar, pelas obras de piedade, nunca, porém, pela impaciência, por palavras pesadas, imprecações, pragas  e  maldições.  

Esposas e mães!  Aprendam com o  exemplo de vida de Santa Mônica,  que com muita oração, piedade e  temor a Deus pode-se corrigir a conduta dos maridos e filhos malvados ou pagãos.  

A filosofia terrena nos tenta  perverter as santas  atitudes.  "Renuncie ao sofrimento",  "tens o direito de ser feliz", nos diz o mundo. Quando as circunstâncias no matrimônio não nos são favoráveis, logo surgem em nossos ouvidos conselhos malignos convidando a abjurar ao sacramento do matrimônio. Bem disse recentemente o Papa Bento XVI ser o divórcio uma "praga social" que disseminou-se pelo mundo nos dias atuais. Santa Mônica  não seguiu e nem nós, devemos  seguir  conceitos  mundanos.  Na hora da necessidade,  devemos suplicar a Deus e em Deus nos apoiar.  Não somos  cidadãos do mundo. Somos  cidadãos com os olhos voltados para o Céu, onde encontra-se a  verdadeira felicidade. Não é à toa  que o divino Mestre nos diz:  "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?" ou ainda: "Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a  mim antes que vós. Se fôsseis  do  mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como , porém, não sois  do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia" (Jo 15, 18 - 20) .   

Peçamos a intercessão de Santa Mônica para que verdadeiramente nos  preocupemos com o principal:  "Educar os  filhos na doutrina e no temor de Deus", com a paciência dos santos, que tudo espera e tudo sofre, na certeza de que só pelo caminho da Cruz é que poderemos garantir a nossa salvação e das pessoas mais próximas que conosco convivem, ou seja,  nossa família.  

 

SANTO AGOSTINHO: VIDA E OBRA.
fevereiro 22, 2012, 8:57 pm 
Filed under: Uncategorized

 

A influência do pensamento e da vida de  Aurelius Augustinus, ou Santo Agostinho de Hipona, se faz refletir na cultua ocidental até os nossos dias. Se falamos em bem-mal, céu-inferno, e todas as categorias dualistas da nossa visão de mundo é fruto da influência do platonismo refletido em seu pensamento.  Inicialmente o objeto aqui é apresentar um resumo sobre a vida e a obra de Santo Agostinho.

O contexto sócio-histórico nos mostra a relevância da sua obra que marca o fim de uma era importante da Igreja dos primeiros séculos, era denominada pelos historiadores e teólogos de Patrística. A Patrística, ou como é também conhecida, a Era dos Pais da Igreja, foi um período onde a igreja eclesiasticamente começa a definir o dogma mais importante de cristianismo: a Trindade. Questões como a divindade de Cristo, a validade dos sacramentos (batismo e eucaristia) e as divergências trinitárias são discutidas nos chamados concílios ecumênicos e dão a forma dos dogmas eclesiásticos através dos credos que são escritos ao longo destes primeiros séculos.

A vida e a obra de Agostinho acontecem dentro deste contexto, de formulação teológica e de rumos que a Igreja irá tomar durante o todo o medievo europeu até o período das reformas protestantes durante a Idade Moderna.

A fonte mais importante para a escrita de sua biografia é o seu conhecido livro “Cofissões”, escrito no final da sua vida, onde ele faz uma releitura de toda a sua obra, apontando algumas mudanças de posicionamentos anteiores.

Aurélio Agostinho nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma família rica, a 13 de novembro do ano 354. Seu pai, Patrício, era pagão, recebido o batismo pouco antes de morrer; sua mãe, Mônica, pelo contrário, era uma cristã fervorosa, e exercia sobre o filho uma notável influência religiosa. Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria, desviou-se moralmente. Caiu em uma profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das maiores conseqüências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente, fazendo com que aderisse ao maniqueísmo, que atribuía realidade substancial tanto ao bem como ao mal, julgando achar neste dualismo maniqueu a solução do problema do mal e, por conseqüência, uma justificação da sua vida. Tendo terminado os estudos, abriu uma escola em Cartago, donde partiu para Roma e, em seguida, para Milão. Afastou-se definitivamente do ensino em 386, aos trinta e dois anos, por razões de saúde e, mais ainda, por razões de ordem espiritual.

Seu contato com o Maniqueísmo é fruto de uma crise pessoal entre o bem e o mal. A filosofia maniqueísta pensava a realidade partindo de dois princípios dialéticos – Bem e Mal – sob os quais toda a realidade existia. Bem e Mal eram entendidos como duas forças supremas e contrapostas, o que para a Agostinho era uma explicação mais racional da realidade em relação a cosmovisão oferecida pelas Escrituras do Antigo Testamento.  Dentro do Maniqueísmo existiam duas distinções entre os seguidores. Uma, a dos “ouvintes”, abrangendo o grupo de seguidores que se esforçava para alcançar o bem através do aperfeiçoamento individual, contudo estes aceitavam desfrutar da vida dos prazeres terrenos. O segundo grupo, dos “perfeitos”, contrariamente ao primeiro grupo, levavam uma vida de absoluta renúncia, bem ao estilo do padrão gnóstico. Agostinho era um mais um “ouvinte” do Maniqueísmo e logo iria se desapontar com Faustus de Milevis, um professor maniqueísta a quem Agostinho esperava receber grandes ensinamentos, contudo ele se decepciona com sua sabedoria causando a perda da fé maniqueísta, que vai dar lugar ao neoplatonismo na vida de Agostinho.

Ao abandonar o maniqueísmo, abraça a filosofia neoplatônica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade do mal. Destarte chegara a uma concepção cristã da vida – no começo do ano 386. Entretanto a conversão moral demorou ainda, por razões de luxúria. Durante este período o autor esteve em Roma, e em seguida em Milão onde vai ter contato com o neoplatonismo, que oferece uma explicação mais convincente a respeito da natureza incorpórea de Deus e a existência do mal. Estes dois aspectos filosóficos constituem uma dúvida existencial para Agostinho, pois o mal em sua vida se constitui um obstáculo para ele e os outros santos de sua época, que é profundamente marcada pela filosofia grega, e mais ainda pelo gnosticismo.  É uma grande crise de valores morais enraizadas no seu passado de “prazeres” da vida, que agora colocam tais questões a sua frente. O neoplatonismo reúne a “auto-renúncia de Cristo” e a “vida filosófica” dos platônicos a busca do aperfeiçoamento “salvífico”.

Agostinho considera a filosofia praticamente, platonicamente, como solucionadora do problema da vida, ao qual só o cristianismo pode dar uma solução integral. Todo o seu interesse central está portanto, circunscrito aos problemas de Deus e da alma, visto serem os mais importantes e os mais imediatos para a solução integral do problema da vida.

O problema gnosiológico é profundamente sentido por Agostinho, que o resolve, superando o ceticismo acadêmico mediante o iluminismo platônico. Inicialmente, ele conquista uma certeza: a certeza da própria existência espiritual; daí tira uma verdade superior, imutável, condição e origem de toda verdade particular. Embora desvalorizando, platonicamente, o conhecimento sensível em relação ao conhecimento intelectual, admite Agostinho que os sentidos, como o intelecto, são fontes de conhecimento. E como para a visão sensível além do olho e da coisa, é necessária a luz física, do mesmo modo, para o conhecimento intelectual, seria necessária uma luz espiritual. Esta vem de Deus, é a Verdade de Deus, o Verbo de Deus, para o qual são transferidas as idéias platônicas. No Verbo de Deus existem as verdades eternas, as idéias, as espécies, os princípios formais das coisas, e são os modelos dos seres criados; e conhecemos as verdades eternas e as idéias das coisas reais por meio da luz intelectual a nós participada pelo Verbo de Deus. Como se vê, é a transformação do inatismo, da reminiscência platônica, em sentido teísta e cristão. Permanece, porém, a característica fundamental, que distingue a gnosiologia platônica da aristotélica e tomista, pois, segundo a gnosiologia platônica-agostiniana, não bastam, para que se realize o conhecimento intelectual humano, as forças naturais do espírito, mas é mister uma particular e direta iluminação de Deus.

Finalmente, como por uma fulguração do céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, no mês de setembro do ano 386. Agostinho renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimônio; retira-se, durante alguns meses, para a solidão e o recolhimento, em companhia da mãe, do filho e dalguns discípulos, perto de Milão. Aí escreveu seus diálogos filosóficos, e, na Páscoa do ano 387, juntamente com o filho Adeodato e o amigo Alípio, recebeu o batismo em Milão das mãos de Santo Ambrósio, cuja doutrina e eloqüência muito contribuíram para a sua conversão. Tinha trinta e três anos de idade.

Depois da conversão, Agostinho abandona Milão, e, falecida a mãe em Óstia, volta para Tagasta. Aí vendeu todos os haveres e, distribuído o dinheiro entre os pobres, funda um mosteiro numa das suas propriedades alienadas. Ordenado padre em 391, e consagrado bispo em 395, governou a igreja de Hipona até à morte, que se deu durante o assédio da cidade pelos vândalos, a 28 de agosto do ano 430. Tinha setenta e cinco anos de idade.

Após a sua conversão, Agostinho dedicou-se inteiramente ao estudo da Sagrada Escritura, da teologia revelada, e à redação de suas obras, entre as quais têm lugar de destaque as filosóficas. As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música. Interessam também à filosofia os escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem.

Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira

A controvérsia dos donatistas: Como herdeiro de uma época repleta de conflitos a respeito dos dogmas eclesiásticos, após combater o Maniqueísmo, Santo Agostinho vai combater os cismas da Igreja tendo a controvérsia donatista como um dos principais conflitos em que vai se envolver.

No período de Diocleciano (303-305 d. C.) os cristãos são seriamente perseguidos, e alguns com o intuito de fugir do martírio, entregam as cópias das Escrituras e outros textos nas mãos dos magistrados romanos. Esta atitude vai por em dúvida a validação dos bispos ordenados pela igreja que cederam as perseguições. Tal situação merece uma contextualização. A igreja apostólica surge em meio às perseguições do Império. Temos na literatura sagrada o martírio como uma sublimação da fé em Cristo, como o caso de Estevão, o primeiro mártir do cristianismo que vão se tornar um elemento simbólico para os cristãos da época. Ser um mártir é visto para os crentes dos primeiros séculos como uma questão de honra máxima, é seguir a Cristo até as últimas conseqüências, mesmo que esta seja a morte. Esta mentalidade pode ser comprovada pela história da igreja, que sobreviveu nas catacumbas romanas, e tem como exemplo o testemunho de vários crentes da época, incluindo mulheres com seus filhos que se entregam à morte nos “espetáculos” do Coliseu romano. Houve uma divisão com o fim da perseguição a partir do século III, onde pairava a dúvida a respeito dos bispos donatistas, assim chamados por causa do padre Donatus.

Neste contexto de divisões religiosas, políticas, e raciais, Agostinho começam a desenvolver sua obra em torno de questões básicas, como a natureza da Igreja, a relação entre Igreja e Estado e a os sacramentos. Com base nestes conflitos ele vai desenvolver a distinção entre Igreja visível e a invisível. Estes fatos vão influenciar o Estado como elemento de força no combate aos cismas donatistas, que começavam a ameaçar a unidade eclesial. A partir de então surge a controvérsia em relação à validade não só da ordenação dos bispos mas também, sobre a sacralidade das ordenações feitas por tais bispos. Assim, a geração de bispos pós-donatistas é questionada e em alguns casos, eles deveriam ser aceitos pela igreja através de uma nova imposição de mãos. Casos como batismo e ordenação passavam por este processo. Agostinho faz duas distinções do sacramento. A visão de sacramento para ele era mais ampla do que a comumente aceita por nós até hoje. O sacramento e a sua validade são considerados aspectos distintos. Para ele, o batismo e a eucaristia são ordenanças recebidas diretamente de Cristo pela Igreja, e a validade independe da instituição, o que diferia da idéia de Cipriano. Com isso ele começa a desassociar os sacramentos da instituição, universalizado os sacramentos e a própria igreja da época. Contrariando os donatistas que queriam limitar a Igreja no norte africano – daí o aspecto político da controvérsia – Agostinho entendia Igreja e Sacramentos já dentro da sua perspectiva igreja visível e invisível, expressada na sua obra A cidade de Deus. O que pertence e está dentro da Igreja não pode ser alterado pelo homem.

A controvérsia pelagiana: Pelágio era um nativo das ilhas britânicas e o que é conhecido de sua vida e obra data de 405 d.C. , onde em Roma ele teve seu primeiro contato com a teologia agostiniana. A base da teologia formulada por Agostinho era a total dependência da graça – o que o fez resolver a questão sobre o dualismo maniqueísta – contrariando Pelágio. Sua doutrina vai ser combatida na África e no Oriente onde ele consegue adeptos, e o bispo Inocente apóia sua deposição pelos concílios africanos. Há por trás do pelagianismo toda uma questão que envolve teologia e poder dentro do Estado Romano.

Pelágio estava disposto a defender a responsabilidade humana diante da graça divina. Estava cansado de aceitar as desculpas imputadas por aqueles que queriam atribuir seus pecados à fraqueza e incapacidade humana. A diferença entre Agostinho e Pelágio era que o primeiro não estava disposto a abandonar a absoluta necessidade da graça, mesmo enquanto defendia a liberdade, enquanto que o último acreditava que a doutrina da graça de Agostinho era uma ameaça para a responsabilidade e liberdade humanas.

A disputa contra o pelagianismo vai gerar uma série de obras, tais como Sobre a predestinação dos santos e Sobre o dom da perseverança.

Teoria do conhecimento: ao contrário do neoplatonismo, para Agostinho o conhecimento deve ser possível, ele é uma emanação divina. Mesmo a dúvida deve saber que é dúvida, quem duvida, mesmo não tendo respostas, sabe de sua dúvida, tem consciência dela. Para ele há a scientia e a sapientia, esta última sendo o conhecimento das coisas eternas e imutáveis de Deus. Para ele Deus é a emanação de todo o saber,e  com isso Agostinho vai fundindo o neoplatonismo com a sua teologia, num misto de filosofia neoplatônica e sabedoria. Uma outra questão contra o neoplatonismo é a pré-existência das almas, para Agostinho a alma emana de Deus e não fica vagando desencarnada do corpo. Deus ao criar o mundo ele o faz a partir do nada, sendo assim, a alma tem um início assim como toda a criação. E com isso ele acaba definindo seu conceito de tempo.  O tempo existe pelas coisas criadas, que foram feitas de matéria distintas de Deus, e a partir delas o tempo passa a existir. Deus no seu entendimento surge a partir da busca de uma verdade última, que deve ser perfeita. Este Deus é criador de tudo o que existe, fez o universo do nada.

Agostinho sintetizou a cultura da antiguidade com a teologia cristã de sua época. Sua concepção teológica está enquadrada na igreja antiga e seu posicionamento filosófico,  era neoplatônico. Com isso ele se funda em questões antropológicas na igreja, diante dos conflitos donatistas, a doutrina da Trindade e o pelagianismo. A partir disto ele vai debater questões como a graça irresistível, a predestinação e a igreja invisível.

Santo Agostinho é um homem do seu tempo. Tendo em vista o seu tempo ser uma era de crise, com a crescente invasão bárbara denotando a ruína do mundo romano e consecutivamente, a queda moral da sociedade de sua época – incluindo a Igreja atrelada ao Estado – Agostinho é remetido a distinguir as realidades metafísicas da existência. Questões como batismo, eucaristia e o próprio conceito de Igreja são discutíveis no plano temporal e atemporal. Para ele o batismo realizado por um bispo donatista poderia ter ou não sua validade, pois tudo depende da graça divina. Diante da dependência da graça, o batismo válido para a igreja visível não garante sua aceitação na igreja invisível, que é parte da realidade eterna e imutável. Essa distinção do temporal e eterno são aspectos importantes que vão deixar suas marcar presentes na idade média e em toda a cristandade após a era das reformas protestantes do século XVI.

 

São José Calazans

 

 

História: São José Calasanz ordenou-se sacerdote aos 28 anos, em sua terra natal, e depois foi para onde começou sua grande dedicação à educação de crianças pobres. Fundou a primeira escola em 1597, a qual, em 1621, deu origem à congregação dos Clérigos Pobres da Mãe de Deus.

Tal fundação logo se difundiu por todo o mundo, chegando a Itália, a Alemanha, a Boêmia e a Polônia. A grande provação de sua vida foi quando, por inveja, seus próprios co-irmãos o acusaram de incapacidade de governar a sua congregação.

São José Calasanz então, foi obrigado a ver sua obra esfacelar-se, e seu lugar foi substituído por um visitador, uma espécie de interventor da Santa Sé. Mesmo assim, manteve-se confiante em Deus, conseguindo fazer com que sua obra ressurgisse das cinzas. São José Calasanz morreu aos 90 anos, em 1648, e somente oito anos depois seu Instituto foi aprovado pelo papa Alexandre VI.

Oração de São José Calasanz: Deus, nosso Pai, São José Calasanz dedicou a sua vida em favor das crianças carentes e maginalizadas de seu tempo. Ainda hoje esta chaga continua sangrando não somente em nossas grandes metrópoles, mas também nos campos e nos lugares mais afastados. Vítimas da fome, a miséria, a violência dos adultos, das contradições humanas, milhões e milhões de crianças, espezinhadas em seus mais fundamentais direitos, perdem-se nessa travessia de vida sem nunca chegar. São tragadas por este mundo que de nós, adultos inconseqüentes, herdaram. Elas clamam pelo pão que mata a fome, o pão a educação, do amor, da ternura e do afeto, da participação, de uma vida digna e humana, o pão da justiça e da verdade.

Devoção: Dedicação às crianças pobres

Padroeiro: Das escolas públicas

 

 

    São José Calasanz, nasceu no ano de 1557, em Peralta de la Sal, diocese de Urgel, em Aragão, Espanha. Foi ordenado sacerdote aos 28 anos de idade, manifestando logo uma grande inclinação para a vida eremítica. Trabalhou por algum tempo em sua terra natal, indo depois para Roma na qualidade de teólogo em companhia do cardeal Marco Antônio Colonna. Lá entrgou-se de copor e alma à educação das crianças pobres, dedicando-se com espírito de apóstolo à instrução dos meninos do Trastevere, na Paróquia de Santa Dorotéia, onde era vigário cooperador. Por volta do ano 1597, fundou a primeira escola gratuita aberta aos filhos dos pobres, viu-se encorajado a fazer mais pela afluência de tantos voluntários, que se ofereceram para lecionar gratuitamente aos meninos. Assim, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares das Pias Escolas, vinculados não só pelos votos de pobreza, castidade e obediência, mas também um quarto voto, que os compromete com a instrução dos jovens.

    Imediatamente esta instituição conseguiu a notoriedade que bem merecia: A Congregação se espalhou em todos os países europeus, trazendo mais dores que a alegrias ao Santo fundador. José Calasanz sofreu muito por causa dos ciúmes dos próprios co-irmãos: acusado de incapacidade, foi destituído do governo da própria congregação, ficando em seu lugar uma espécie de interventor da Santa Sé. COm admirável paciência e serenidade, José Calasanz arregaçou as mangas e com a obstinação dos pioneiros reergueu o edifício que havia desabado. A Congregação ressurgiu das cinzas, mas com os mesmos programas sociais: de cultivar as jovens inteligências dos meninos de periferia. Somente oito anos após a sua morte é que o Papa Alexandre VI aprovava definitivamente o Instituto.

    São José Calasanz morreu no dia 25 de agosto de 1648 com 90 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1757.

    São José Calasanz, proteja nossas crianças carentes e marginalizadas que muitas vezes clamam pelo pão que mata a fome, o pão da educação, do amor, da ternura e do afeto, fazendo com que todos nós tenhamos vontade de ajudar e colaborar.

 

Nossa Senhora da Esperança

O culto a Nossa Senhora da Esperança data de muitos séculos; tornou-se mais intenso na época dos descobrimentos pela fé dos navegadores que, sob a proteção da Virgem Maria, aventuravam-se “por mares nunca d’antes navegados”. Em Belmonte, terra natal de Pedro Álvares Cabral, venerava-se Nossa Senhora da Esperança. A imagem ,pesando 90Kg, é esculpida em pedra, tem o Menino Jesus no colo, olhando para uma pomba pousada no braço direito de Maria. Conta a história que o rei Dom Manuel, no dia 8 de Março de 1500, domingo, após a missa celebrada pelo Bispo Dom Diogo Ortiz, vendo as caravelas prontas para zarparem entregou a Pedro Álvares Cabral o estandarte régio e a imagem de Nossa Senhora da Esperança. No dia 22 de Abril, após a travessia do Oceano Atlântico, Cabral ancorava com sua frota em Porto Seguro. No dia seguinte, Domingo, todos participavam da Santa Missa celebrada por Frei Henrique de Coimbra e no altar improvisado, erguido à sombra da cruz, pousava a imagem de Nossa Senhora da Esperança.

 

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA

Ó Maria, minha mãe, ajoelho-me diante de Vós, com o coração pesaroso. O fardo de meus pecados me oprime. O conhecimento da minha fraqueza me desencoraja. Sou perturbado por temores e tentações de toda espécie. Mas sou tão apegado às coisas deste mundo, que ao invés de ansiar pelo céu, fico cheio de angústia ao pensar na morte. Ó Mãe de misericórdia, tem piedade de mim em meu sofrimento! Sois todo-poderosa junto ao vosso Divino Filho. Não há pedido de vosso Imaculado Coração que Ele possa recusar. Mostra-vos Mãe verdadeira para comigo, intercedendo por mim diante de seu trono. Ó Refúgio dos pecadores, e Esperança dos desesperados a quem volver-me-ei senão a Vós? Obtende, pois para mim, Ó Mãe da Esperança, a graça de um verdadeiro arrependimento de meus pecados, o dom da perfeita resignação à Santa Vontade de Deus e a coragem para tomar minha cruz e seguir Jesus. Mas acima de tudo Vos peço, ó queridíssima Mãe; que por vossa poderosíssima intercessão, meu coração seja cheio de Santa esperança para que na hora mais negra da vida, eu nuca deixe de confiar em Deus, meu Salvador; mas andando no caminho de Seus mandamentos, possa merecer ser unido com Ele e convosco, nas eternas alegrias do Céu.

V. Maria, Nossa Esperança, tenha piedade de nós. R. Esperança dos desesperados, Rogai por nós.