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LIVROS DA BIBLIA
LIVROS DA BIBLIA

 

 

 

 

 

 

 

 

O Pentateuco - é o nome dado aos cinco primeiros livros da Bíblia (Gen, Ex, Lev, Num, Dt) e constituem a Lei de Moisés ou Torá. 

 

 

O livro do Gênesis - narra as origens do homem e do mundo criados por Deus, e apresenta-nos a maravilhosa história dos Patriarcas: Abraão, Isac e Jacó. A mensagem deste livro é importantíssima. Entre outras coisas traz a revelação de Deus sobre os seguinte pontos:

 

1 - Deus é o Criador do mundo e do homem.

2 - Deus é distinto do universo; quer dizer, não existe o Panteísmo que defende que Deus e o mundo são a mesma coisa; e o mundo seria apenas uma ¨emanação de Deus¨.

3 - O mundo é bom.

4 - O mundo criado manifesta a glória e a paz de Deus.

5 - O homem foi criado da terra, mas foi animado de um espírito de vida (alma) imortal, criado e dado por Deus.

6 - O homem foi criado para viver na amizade de Deus.

7 - O homem foi criado livre.

8 - A harmonia primitiva foi destruída pelo pecado da desobediência a Deus. O homem tem a vã esperança de ser Deus (pecado original).

9 - O homem foi excluído do Paraíso.

10 - Deus faz a Promessa de Redenção da humanidade através da Mulher.

11 - O homem foi dominado pelo pecado e o mal se generaliza: Caím, Torre de Babel, Sodoma e Gomorra, etc..

12 - Deus faz uma primeira aliança com o homem através de Noé.

13 - Deus continua a aliança com Abraão, Isac e Jacó.

 

O livro do Êxodo - narra a ida do povo de Israel para o Egito e a escravidão alí sofrida. Deus chama Moisés e através dele tira o povo do Egito milagrosamente; em seguida estabelece uma Aliança com Moisés e dá ao Povo os seus Mandamentos, leis, preceitos, ritos e cultos. 

   

 

O livro do Levítico - narra as Leis dos rituais, as leis sociais, as prescrições, as bênçãos e maldições, os sacrifícios oferecidos a Deus (holocaustos, oblações, sacrifícios pacíficos, sacrifícios de expiação). Era o livro dos levitas ou sacerdotes do povo. São as leis relativas ao culto e à santidade do povo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 O livro dos Números - fala do recenseamento do povo feito por Moisés no deserto e apresenta as listas de nomes e números. Contém ainda outras leis misturadas com a narrativa da caminhada até as margens do rio Jordão.

 

 

 

 

 

 

 

 


O livro do Deuteronômio, que quer dizer ¨segunda lei¨, consta de cinco sermões de Moisés que recapitulam a Lei e narra o fim da vida de Moisés.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os livros Históricos - Há 16 Livros históricos na Bíblia (Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, I e II Macabeus) que narram a história do povo hebreu desde a entrada na Terra Prometida até os tempos dos Macabeus, já próximo de Jesus cerca de 150 anos.

 

 

 

O livro de Josué - Narra a árdua missão de Josué, indicado por Deus a Moisés para ser o seu sucessor e introduzir o povo na Terra prometida, fazendo o povo viver as leis que Deus deu a Moisés, distribuindo a terra entre as tribos de Israel e lutando contra os cananeus. Mostra a fidelidade de Deus às suas promessas feitas ao povo. É uma continuação lógica do Pentateuco.

 

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 O livro dos Juízes - narra as suas histórias desde a morte de Josué até Samuel. Josué ao morrer não deixou sucessor. As doze tribos de Israel já estavam estabelecidas na terra prometida, mas não tinham um governo central, mas eram unidas pela religião monoteísta (um só Deus), diferente dos outros povos de Canaã que tinham muitos deuses (Baal, Aserá, Astarte). Israel convivia com esses povos pagãos e muitas vezes caiu na idolatria. Neste contexto Deus suscitou os Juízes em Israel. Eram heróis, muitas vezes dotados de força física ou carismas especiais para libertarem uma ou mais tribos de Israel dominadas pelos extrangeiros. Não tinham sucessores nem dinastia, não promulgavam leis e nem impunham impostos. São o testemunho vivo de que Javé jamais abandonou o seu povo. Entre os grandes juízes encontramos Eli e Samuel, que foram os únicos que tiveram autoridade sobre todo o Israel, embora não tinham sido chefes de exércitos como os outros. Ao todo foram doze juízes. Os maiores foram Otoniel (da tribo de Judá), Aod (Benjamim), Barac (Neftali), Gedeão (Manassés), Jefté (Gad), Sansão (Dã). Os menores são Samgar (Simeão), Tolá (Issacar), Jair (Galaad), Abesã (Aser), Elon (Zabulon) e Abdon (Efraim). Os 21 capítulo de Juízes cobre um período de quase 200 anos que vai de 1250 a 1050, da morte de Josué até o primeiro rei de Israel, Saul.

 

O livro de Rute - é posterior ao exílio na Babilônia (587 - 537 AC). Conta a bela história de Rute, a moabita que desposou Booz, israelita, e dos quais nasceu Obed, o pai de Jessé, que foi o pai do rei Davi. A finalidade do livro é transmitir uma história edificante sobre as origens da família de Davi, que teve, então, entre os seus antepassados uma moabita, isto é, um membro que não era do povo judeu, e até seu inimigo. Isto já ensina a universalidade da salvação preparada por Deus para todos os homens (cf. Rt 2,12). O mesmo se dá com o livro de Jonas. Mateus, na genealogia de Jesus, faz questão de citar Rute, para significar que Ele não é filho apenas de israelitas, e Salvador não só dos judeus, mas de todos os homens.

 

 

 

 

 

 

Os livros de Samuel - foram escritos após o ano 622AC, e narra as histórias de Samuel, o último dos Juízes, do rei Saul e do rei Davi. Continuam as narrações contidas nos livros dos Juízes e cobrem um período da história de Israel de 1050 a 970 aC. Samuel, o último dos juízes foi incumbido por Deus para sagrar o primeiro rei de Israel, Saul.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Os livros dos Reis - narram a história dos reis de Israel, Saul, Davi, Salomão, etc. , e vai até o exílio do ano 587aC quando aconteceu o exílio para a Babilônia. Narra a construção do Templo por Salomão, a separação das 12 tribos de Israel em dois reinos rivais (Samaria e Judá), e conta, entre outras coisas, a queda de ambos os reinos, a destruição de Jerusalém, , a história de Elias, Eliseu, a Reforma de Josias e a destruição de Jerusalém pelos babilônios. O livro cobre cerca de 400 anos de história de Israel (970-570 aC). Começa com os últimos dias de Davi e vai até a libertação de Jeconias, rei de Judá, detido na Babilônia (561). O livro conta a história dos dois reinos de Israel separados e rivais. Apresenta os doze reis de Judá, todos da descendência de Davi; e os dezenove reis da Samaria, pertencentes a nove dinastias diferentes, perdendo, então, a descendência de Davi.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os dois livros das Crônicas I e II(ou Paralipômenos = as coisas omitidas) - formam com os livros de Esdras e Neemias um bloco homogêneo chamado de ¨obra do Cronista¨. Narram as histórias de Israel, repetindo ou completando o que já foi narrado em Samuel e Reis. Na

verdade, reapresenta a história narrada em Samuel e Reis, mas com uma perspectiva ainda mais religiosa. Trazem uma tabela genealógica desde Adão até Davi; a história do rei Davi, de Salomão e dos reis de Judá, e procura dar um significado teológico aos acontecimentos narrados.

 

 

 

 

 

O livro de Esdras (sacerdote) e Neemias (governador) - são do mesmo autor das Crônicas e contam as histórias desses personagens importantes que restabeleceram a restauração religiosa e moral de Israel após o exílio da Babilônia. Cobre uma época que vai de 538 a 430 aC. Narram a construção e a dedicação do Templo, a reconstrução das muralhas e da cidade de Jerusalém. É o tempo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias. Foi o renascimento do judaísmo após o exílio, a partir de Judá que volta do exílio; e daí nascerá o Messias. Por isso Esdras é chamado o ¨ pai do Judaísmo¨.

 

 

 

 

 

Os livros de Tobias, Judite e Ester - são livros escritos no gênero literário chamado de midraxe, que é a narração de um fato histórico com ênfase religiosa, isto é, na ação de Deus que age em defesa dos fiéis, realçando os aspectos edificantes e moralizantes dos fatos narrados, com o intuito de formar os leitores. São histórias edificantes que não se pode saber bem quando ocorreram, e que não se referem a todo o Israel, mas apenas a uma pessoa, família (Tobias) ou cidade (Judite). São belos livros, de leitura muito edificante, que mostram a ação de Deus, na vida de uma pessoa, de uma família ou de uma cidade que nele confia. É importante notar a figura de duas mulheres, usadas por Deus para a sua obra de salvar o seu povo. Ester é figura de Nossa Senhora.

 

 

 

 

 

 

 Os livros dos Macabeus - contam a história do povo Judeu no tempo da opressão dos sírios, especialmente pelo rei Antíoco IV Epífanes (175 -163), que queria obrigar o povo a praticar as leis pagãs e rejeitar a lei de Deus. Levantou-se Matatias, sacerdote, como chefe de guerrilha e guerra contra os sírios, com os seus filhos João, Simão, Judas, Eleazar e Jônatas. A revolta dos Macabeus surgiu por esta causa e vai aproximadamente de 175 a 163 aC., já no limiar da chegada de Jesus.

Do tempo de Esdras (400) até os Macabeus (175), temos um período de cerca de 225 anos dos quais a Bíblia nada fala. Parece terem sido tempos de paz, embora Israel ainda vivesse sob o jugo de Alexandre Magno, e depois os sírios.

Os livros sapienciais - Há 7 livros na Bíblia que são chamados de Sapienciais, isto é, que falam da sabedoria de Deus. Vamos examiná-los.

 

 O livro de Jó - foi escrito no século V antes de Cristo, e medita sobre a questão do sofrimento humano. Por que sofrem os bons? A sua mensagem principal é que o homem deve humilhar-se no sofrimento e confiar em Deus que sabe tirar o bem até mesmo do mal. Mostra a vitória, pela fé, de um homem que mesmo coberto de lepra da cabeça aos pés, sabe ainda confiar em Deus, sem perder a fé e sem blasfemar. A grande mensagem do livro é que não podemos conhecer todas as causas do sofrimento, mas devemos fazer um ato de confiança absoluta em Deus. E não ficaremos frustrados.

 

 

 

 

 

 

O livros dos Salmos - contém 150 salmos de Davi, Salomão e outros. Eram orações ¨cantadas com o acompanhamento de instrumentos de corda¨. Era por excelência o livro de oração dos judeus e também da nossa Igreja. Canta os louvores de Deus, as lamentações do povo, os cânticos religiosos, os poemas e as súplicas. Exprimem as mais diversas situações de ânimo; adoração, louvor, perseguição, saudades do santuário, desejo de Deus, confissão dos pecados, esperança em Deus que salva, oráculos messiânicos, cânticos de Sion, etc..

 

 

O livro dos Provérbios - trazem a riquíssima sabedoria que o povo judeu armazenou durante a vida muito sofrida, especialmente no exílio. É o mais representativo da literatura sapiencial bíblica, que datam do século X a.C., às quais foram acrescentadas normas que são do séc IV /III aC. Aos poucos a sabedoria foi tomando aspecto religioso, com as suas raízes no ¨temor do Senhor¨, e procura agradar a Deus. É vista como um dom de Deus. Os sábios atribuíam a ao próprio Deus a sabedoria. O termo provérbio vem do hebraico ¨Meschalim¨, que quer dizer ¨Máximas¨. O livro consta de nove coleções de máximas, as mais antigas atribuídas a Salomão.

 

 

 

 

O livro do Eclesiastes - é parecido com o livro de Jó; uma vez que ambos tratam da questão do sofrimento. O termo eclesiastes quer dizer ¨orador¨ ou ¨pregador¨, aquele que fala na assembléia. Enquanto Jó parte a realidade do mal, Eclesiastes parte da vaidade e da deficiência de todos os bens. Quem lê o livro pode à primeira vista ficar confuso, quando recomenda o gozo dos bens materiais; no entanto são apenas reflexões que o autor faz consigo mesmo, contraditórias, antes de chegar às conclusões. Por fim termina dizendo: ¨teme a Deus e guarda os seus mandamentos¨. O autor do livro não é Salomão, mas um judeu da Palestina que viveu no séc. III a.C.

 

 

 

 

 

 

O livro do Cântico dos Cânticos - quer dizer ¨o mais belo dos cânticos¨ . O tema do livro é o amor de um homem chamado Salomão e rei por uma jovem chamada de ¨a sulamita¨, guarda de vinhas e pastora. A interpretação é a seguinte: sob a imagem do esposo é figurado o próprio Deus e, sob a imagem da esposa, a filha de Sion, o povo de Israel, que Deus escolheu entre todas a nações. Na perspectiva cristã é a figuração de Cristo (Esposo) e a Igreja (Esposa).Os místicos viram também na figura da esposa a Virgem Maria e, também, qualquer alma fiel a Deus. As fortes cenas de amor são uma maneira oriental de se expressas e não devem nos impressionar ou levar-nos a conclusões erradas; são fortes para mostrar o quanto Deus ama a humanidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O livro da Sabedoria - foi escrito por um judeu de Alexandria no norte do Egito, com o objetivo de fortalecer a fé dos judeus que viviam nesta região, de modo a não aderirem à religião dos povos desta região. Muitos judeus viviam nesta rica cidade fundada por Alexandre Magno (†324a.C). O autor exalta a Sabedoria judaica, cuja origem é Deus; e quer mostrar que ela nada é inferior à grega, que domina Alexandria.

 

 

 

O livro do Eclesiástico (ou Sirácidas) - A tradução grega é ¨Sabedoria de Jesus filho de Sirac¨. Os cristãos de língua latina o chamavam de ¨Ecclesiasticus¨, já que era usado para ensinar os bons costumes aos catecúmenos que se preparavam para o Batismo. Era o livro da ¨Ecclesia¨ (Igreja). É um pouco parecido com o livro dos Provérbios, mas revela uma fase mais avançada do pensamento dos judeus. O livro deve ter sido escrito aproximadamente no ano 190 aC em Jerusalém, em hebraico, e depois foi traduzido para o grego em 132 aC.

 

Os livros proféticos - são 18. A partir de Samuel (sec.XI a.C) até Malaquias (sec.V a.C) a série dos profetas foi ininterrupta e eles exerceram papel muito importante no reino de Israel: eram conselheiros dos reis, censuravam as injustiças, condenavam toda idolatria, etc.

Os profetas Isaías, Jeremias, Oséias, e Amós, atuaram antes do exílio (587-538 a.C) e mostravam aos reis e ao povo as suas faltas, pelas quais Deus os abandonaria nas mãos dos estrangeiros.

Os profetas Ezequiel e o ¨segundo¨ Isaías (Is 40-55) agiram durante o exílio procurando erguer o ânimo do povo.

Os profetas Ageu, Zacarias e Malaquias atuaram depois do exílio incentivando o povo a reconstruir o Templo e os muros de Jerusalém, além de empreender a reforma religiosa, moral e social da comunidade judaica e predizendo a glória do futuro Messias.

Os profetas Oséias, Amós, Miquéias, Joel, Abdias, Jonas, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, em número de 12, são chamados de profetas menores, não porque não foram importantes, mas porque nos deixaram escritos pequenos, que já no século II antes de Cristo eram colecionados em um só volume (rolo). Não é possível se saber com exatidão a época em que cada um deles atuou, mas sabemos que agiram do século VIII ao século III a.C. e fornecem dados importante da história de Israel e dos povos vizinhos.

 

O livro de Isaias - o profeta viveu de 740 a 690aC. Mas não foi o único autor de todo o livro. Este está dividido em três partes: Isaias I (capítulos 1-39) é do tempo do profeta; Isaias II (40-55) é da época do exílio da Babilônia (587-638aC) e Isaias III (56-66) foi escrito após o exílio na época da restauração do povo na sua terra. O profeta Isaías era filho de nobre família de Jerusalém, poeta , foi conselheiro dos reis Jaotã, Acaz e Ezequias numa época de infidelidade moral e religiosa por parte do povo de Israel. O livro de Isaías, por isso, é dito da ¨escola de Isaías¨; isto é, seus discípulos devem ter continuado a obra do mestre através dos séculos.

 

O livro de Jeremias - O profeta viveu de 650 a 567aC, nasceu perto de Jerusalém. O reino de Judá estava cada vez mais ameaçado pelos adversários, e o profeta anunciou a ruína da Cidade Santa e do Templo, por isso foi condenado à morte pelos sacerdotes e falsos profetas, mas escapou da morte. O livro contém os quarenta anos de pregação do profeta.

 

O livro das Lamentações - é uma coleção de cinco cânticos que choram a queda da Cidade Santa de Jerusalém ocorrida e 587aC. Os quatro primeiros são acrósticos. Reconhece a culpa do povo por causa dos seus pecados e o convoca à penitência e à oração.

 

O livro de Baruc - Baruc foi conselheiro e secretário (amanuense ) de Jeremias. Acompanhou-o ao Egito após a queda de Jerusalém em 587aC; o autor trato do povo no exílio da Babilônia e exorta-o para que não caia na idolatria dos babilônios, viva a lei de Moisés e não desanime.

 

O livro de Ezequiel - O profeta Ezequiel (= Deus dá força), era sacerdote, casado, e perdeu a esposa um pouco antes da queda de Jerusalém em 587aC. Exerceu o seu ministério até 571aC e, segundo uma tradição judaica morreu apedrejado pelos judeus. Acompanhou o povo de Judá na fase mais crítica da sua história, quando Jerusalém caiu sob Nabucodonosor. O livro de Ezequiel tem quatro partes: 1- (cap. 4-24), onde censura os judeus antes da queda de Jerusalém por causa dos seus pecados; 2- (cap. 25-32), que contém oráculos contra os povos estrangeiros que oprimiram os hebreus; 3 - (cap. 33-39), consola o povo durante e após o cerco de Jerusalém, prometendo-lhe tempos melhores; 4 - (40-48), descreve a nova cidade e o novo Templo após a volta do exílio.

 

O livro de Daniel - O profeta Daniel (=Deus é meu juíz), é o principal personagem do Livro. Os capítulos de 1 a 6 formam um núcleo histórico e contam a históri do profeta. Daniel foi um hebreu deportado para a Babilônia em 606 aC, fiel à lei de Deus, que o enriqueceu com dons diversos, tendo-se tornado importante na corte de Babilônia. Os capítulos 7 a 12 tem uma forma apocalíptica, que tem o seguinte sentido: na época em que os judeus estavam oprimidos por Antíoco Epifanes (167-164 aC) um hebreu piedoso escreveu a história dos último séculos de Israel, com a finalidade de animar os irmãos e apresentou a sua época como próxima da libertação messiânica. Faz referência ao Filho do Homem (7,13) e ao seu reino definitivo sobre as nações. Mais do que um livro profético, é um Midraxe e um Apocalipse, escrito no século II aC, não pelo profeta, mas por alguém que contou a sua história.

 

Os profetas menores

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amós - era natural de Técua (Judá). Pastor de gado e cultivador de sicômoros. Exerceu o chamado profético no reino da Samaria, sob o rei Jeroboão (783-743 aC). Pregou contra o luxo, a depravação dos costumes, o culto idolátrico, previu a queda do reino da Samaria em 721aC nas mãos dos Assírios. Foi um ministério curto mas forte.

 

 

 

 

 

Oséias - pregou também no reino do norte, da Samaria, sob Jeroboão II (783-743 aC). O livro mostra as relações de Javé com o povo judeu simbolizadas pelo casamento do profeta, que se casa com uma mulher leviana (Gomer), que o engana; mas que cai na escravidão; é, então resgatada pelo profeta que a recebe de novo como esposa. O tema principal do livro é o amor de Javé pelo seu povo.

 

 

 

 

 

 

Miquéias - profetizou sob Joatã, Acaz e Ezequias, reis de Judá (740-690 aC). Deve ter conhecido a queda do reino do norte em 721 e a invasão de Judá em 701 por Senaquerib. O profeta Jeremias cita um dos seus oráculos contra Judá (Jr 26, 18). Encontramos neste livro uma notável profecia messiânica (5,1-4).

 

 

 

 

 Sofonias - Exerceu seu ministério sob o piedoso rei Josias (640-609 aC), que fez uma forte reforma religiosa em 622 (2Rs22,3-23,21). A mensagem principal de Sofonias é o anúncio do Dia do Senhor, também abordado por Amós e Isaías. O Senbor salvará o resto do seu povo, que lhe servirá na justiça, na humildade e na piedade.

 

Naum - era natural de Elcós. Trata somente da queda de Nínive, capital do império Assírio, que ameaçava os povos vizinhos e Judá. O livro é pouco anterior à queda de Nínive em 612 aC.

 

Habacuc - O livro trata do tema ¨porque o ímpio prevalece sobre o justo e o oprime?¨. É da época das ameaças dos Assíris sobre Israel. O Senhor responde indicando a queda final dos ímpios e a vitória dos justos. Mostra que Deus, por caminhos obscuros, prepara a vitória do direito e dos justos. ¨O justo viverá pela fé¨ (Hab 2,4; Rm 1, 17; Gal 3, 11; Hb 10,38).

 

Ageu - este profeta dá início ao último período dos profetas, após o exílio. O tom e a da Restauração. Ageu acompanha o povo na volta da Babilônia. Essa gente era hostilizada pelos estrangeiros que moravam na Judéia e nos países vizinhos, passava dificuldades. Então o profeta exorta este povo a reconstruir o Templo, e isto como condição para a vinda de Javé e do seu reino. Exerceu seu ministério no ano 520aC.

 

Zacarias - Exerceu o ministério também por volta do ano 520aC., após o retorno do exílio. O livro se refere a oito visões do profeta que tratam da restauração e da salvação de Israel. Seguem-se os oráculos messiânicos. A segunda parte do livro é de difícil entendimento, com fatos históricos difíceis de conhecer e com um apocalipse que descreve as glórias de Jerusalém nos últimos tempos.

 

Malaquias - seu nome significa ¨meu mensageiro¨. Dois grandes temas são abordados pelo profeta: as faltas dos sacerdotes e dos fiéis na celebração do culto; e o escândalo dos matrimônios mistos e dos divórcios. O Senhor anuncia o dia do Senhor que purificará os sacerdotes e levitas, punirá os maus e concederá o bem aos justos. Fala da promessa da vinda de Elias que precederá o dia do juízo final. O livro de aproximadamente 515 aC, anterior à proibição dos casamentos mistos devida à reforma de Esdras e Neemias em 445 aC.

 

Abdias - é o menor dos livros proféticos, e de difícil entendimento. Dirigido a Edom, povo vizinho de Judá, sob o rei Jorã (848-841 aC). O livro exalta a justiça e o poder de Javé, que age como defensor do direito.

 

Joel - o livro foi escrito após o exílio, próximo do ano 400aC. É um compêndio da escatologia (últimos tempos) judaica. Descreve o Dia do Senhor, caracterizado pela efusão do Espírito Santo, o juízo sobre as nações e a restauração messiânica do povo eleito. O ataque dos gafanhotos, da primeira parte, indica os acontecimentos que antecederão imediatamente o Dia do Senhor. A segunda parte tem a forma de um apocalípse que descreve a intervenção final de Deus na história, com abalo cósmico.

 

Jonas - é diferente de todos os outros livros proféticos. Narra a história de um profeta, Jonas, que recusou a ordem do Senhor para que fosse pregar aos ninivitas. Milagrosamente conduzido pela providência divina chega a Nínive e consegue converter a grande cidade. Deus lhe ensina que a sua misericórdia atinge a todos os povos. É uma narração didática, parabólica, não história, para mostrar aos judeus do século V aC, muito nacionalistas, que a salvação é universal.

 

RESUMO DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO

 

 

Os Evangelhos

 

A palavra ¨Evangelho¨ vem do grego ¨evangélion¨, que quer dizer ¨Boa Notícia¨. Para os apóstolos era ¨aquilo que Jesus fez e disse¨(At 1,1). É a força renovadora do mundo e do homem.

A Igreja reconhece como canônicos (inspirados por Deus) os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os três primeiros são chamados de ¨sinóticos¨ porque podem ser lidos em paralelo, já o de São João é bastane diferente. Existem também evangelhos apócrifos que a Igreja não reconheceu como Palavra de Deus. São os de Tomé, de Tiago, de Nicodemos, de Pedro, os Evangelhos da Infância, etc. Eles contém verdades históricas junto narrações fantasiosas e heresias.

Os evangelhos são simbolizados pelos animais descritos em Ez 1,10 e Ap 4,6-8: o leão (Marcos), o touro (Lucas), o homem (Mateus), a águia (João). Foi a Tradição da Igreja nos séculos II a IV que tomou esta simbologia tendo em vista o início de cada evangelho. Mateus começa apresentando a genealogia de Jesus (homem); Marcos tem início com João no deserto, que é tido como morada do leão; Lucas começa com Zacarias a sacrificar no Templo um touro, e João começa com o Verbo eterno que das alturas desce como uma águia para se encarnar.

Jesus pregou do ano 27 a 30 sem nada deixar escrito, mas garantiu aos Apóstolos na última Ceia, que o Espírito Santo os faria ¨relembrar todas as coisas¨ (Jo14, 25) e lhes ¨ensinaria toda a verdade¨ (Jo 16,13). Desta promessa, e com esta certeza, a Igreja que nasceu com Pedro e os Apóstolos, sabe que nunca errou o caminho da salvação. De 20 a 30 anos após a morte de Jesus os Apóstolos sentiram a necessidade de escrever o que pregaram durante esses anos, para que as demais comunidades fora da Terra Santa pudessem conhecer a mensagem de Jesus.

 

O Evangelho de Mateus - é o primeiro que foi escrito, em Israel e em aramaico, por volta do ano 50. Serviu de modelo para Marcos e Lucas. O texto de Mateus foi traduzido para o grego, tendo em vista que o mundo romano da época falava o grego. O texto aramaico de Mateus se perdeu. Já no ano 130 o Bispo Pápias, da Frígia, fala deste texto.

Também Santo Irineu (†200), que foi discípulo de S. Policarpo, que por sua vez foi discípulo de S. João evangelista, fala do Evangelho de Mateus, no século II.

Comprova-se aí a historicidade do Evangelho de Mateus. Ele escreveu para os judeus de sua terra, convertidos ao cristianismo. Era o únicos dos apóstolos habituado à arte de escrever, a calcular e a narrar os fatos. Compreende-se que os próprios Apóstolos do tenham escolhido para esta tarefa. O objetivo da narração foi mostrar aos judeus que Jesus era o Messias anunciado pelos profetas, por isso, cita muitas vezes o Antigo Testamento e as profecias sobre o Messias. Como disse Renan, o evangelho de Mateus tornou-se ¨o livro mais importante da história universal¨.

 

O Evangelho de Marcos - S. Marcos não foi apóstolo, mas discípulo deles, especialmente de Pedro, que o chama de filho (1Pe 5,13). Foi também companheiro de S. Paulo na primeira viagem missionária (At 13,5; Cl 4, 10; 2Tm 4,11). O testemunho mais antigo sobre a autoria do segundo evangelho, é dado pelo famoso bispo de Hierápolis, na Ásia Menor, Pápias (†135).

 

O Evangelho de Lucas - Lucas não era judeu como Mateus e Marcos (isto é interessante!), mas pagão de Antioquia da Síria (Cl 4, 10-14). Era culto e médico. Ligou-se profundamente a S. Paulo e o acompanhou em trechos da segunda e terceira viagem missionária do apóstolo (At 16, 10-37; 20,5-21). No ano de 60 foi para Roma com Paulo (At 27,1-28) e ficou com ele durante o seu primeiro cativeiro (Cl 4, 14; Fm 24) e acompanhou Paulo no segundo cativeiro (2Tm 4,11). A Tradição da Igreja dá seguinte testemunho deste Evangelho.

O texto foi escrito em grego, numa linguagem culta e há uma afinidade com a linguagem e a doutrina de S. Paulo. foi escrito por volta do ano 70. Como escreveu para os pagãos convertidos ao cristianismo, não se preocupou com o que só interessava aos judeus.

Mateus mostra um Jesus como Mestre notável por seus sermões - o novo Moisés, Marcos o apresenta como o herói admirável ( o Leão da tribo de Judá - Ap 5,5), Lucas se detém mais nos traços delicados e misericordiosos da alma de Jesus. É o evangelho da salvação e da misericórdia. É também o evangelho do Espírito Santo e da oração. E não deixa de ser também o evangelho da pobreza e da alegria dos pequenos e humildes que colocam a confiança toda em Deus.

 

O Evangelho de João - S. João era filho de Zebedeu e Salomé (cf. Mc 15,40) e irmão de Tiago maior (cf. Mc 1, 16-20). Testemunhou tudo o que narrou, com profundo conhecimento. É o ¨discípulo que Jesus amava¨ (Jo 21,40). Este evangelho foi escrito entre os anos 95 e 100 dC., provavelmente em Éfeso onde João residia.

João não quis repetir o que os três primeiros evangelhos já tinham narrado, mas usou essas fontes. Escreveu um evangelho profundamente meditado e teológico, mais do que histórico como os outros. Contudo, não cedeu a ficções ou fantasias sobre o Mestre, mostrando inclusive dados que os outros evangelhos não tem. Apresentando essa doutrina ele quis fortalecer os cristãos contra as primeiras heresias que já surgiam, especialmente o gnosticismo que negava a verdadeira encarnação do Verbo. Cerinto e Ebion negavam a divindade de Jesus, ensinando a heresia segundo a qual o Espírito Santo descera sobre Jesus no batismo, mas o deixara na Paixão. É um evangelho profundamente importante para a teologia dogmática e sacramental especialmente.

 

 

      

Os Atos dos Apóstolos

 

Não há dúvida de que foi escrito por S. Lucas, médico e companheiro de S. Paulo. Conta a história da Igreja, desde Pentecostes, guiada pelo Espírito Santo, até chegar em Roma com S. Pedro e S. Paulo.

Teofilacto (†1078) dizia que: Os evangelhos apresentam os feitos do Filho, ao passo que os Atos descrevem os feitos do Espírito Santo¨.

O livro se divide em duas partes: uma que é marcada pela pessoa de Pedro (At 1 a 12), e a outra marcada por Paulo (At 13 a 28) . Pedro leva o evangelho de Jerusalém à Judéia e à Samaria, chegando até a conversão marcante do primeiro pagão, batizado, Cornélio (At 10,1-11), o que abriu a porta da Igreja para os não judeus. Paulo promove a evangelização dos gentios mediante três viagens missionárias de grande importância. O capítulo 15 é a ligação entre as duas partes do livro, mostrando Pedro e Paulo juntos em Jerusalém, no ano 49, no importante Concílio de Jerusalém, que aboliu a circuncisão e reconheceu que o Reino de Deus é para toda a humanidade.

O testemunho mais antigo de que Lucas é o autor dos Atos é o chamado cânon de Muratori, do século II, que afirma:

¨As proezas de todos os apóstolos foram escritas num livro. Lucas, com dedicatória ao excelentíssimo Teófilo, aí reconheceu todos os fatos particulares que se desenrolaram sob seus olhos e os pôs em evidência deixando de lado o martírio de Pedro e a viagem de Paulo da Cidade (Roma) rumo à Espanha.¨

Notamos que o início de Atos dá uma sequência lógica ao final do evangelho de Lucas, e ambos são dedicados a Teófilo, além de que o estilo e o vocabulário são parecidos. Segundo São Jerônimo (348-520) os Atos foram escritos em Roma, quando Lucas estava alí ao lado de Paulo prisioneiro, em grego, por volta do ano 63.

Os Atos dos Apóstolos são portanto o primeiro livro de História da Igreja nascente, escrito por uma testemunha ocular dos fatos, que os narrou de maneira precisa e sóbria. Aí podemos conhecer o rosto da Igreja no primeiro século, sua organização, etc. É o evangelho do Espírito Santo.

 

As cartas de São Paulo

Paulo (ou Saulo) nasceu em Tarso na Cilícia (Ásia menor) no início da era cristã, de família israelita, muito fiel à doutrina e à tradição judaica; seu pai comprara a cidadania romana, o que era possível naquele tempo, então Saulo nasceu como cidadão romano, legalmente. Aos 15 anos de idade foi enviado para Jerusalém onde recebeu a formação do rabino Gamaliel (At 22,3; 26,4;5,34), e foi formado na arte rabínica de interpretar as Escrituras, e deve ter aprendido a profissão de curtidor de couro, seleiro. Por volta do ano 36 era severo perseguidor dos cristãos, mas se converteu espetacularmente quando o próprio Senhor lhe apareceu na estrada de Jerusalém para Damasco, onde foi batizado por Ananias. Em seguida permaneceu num lugar perto de Damasco chamado Arábia. No ano 39 se encontrou com Pedro e Tiago em Jerusalém (Gal 1, 18) e depois voltou para Tarso (At 9,26-30) acabrunhado pelo fracasso do seu trabalho em Jerusalém. Alí ficou por cerca de 5 anos, até o ano 43. Nesta época, Barnabé, seu primo, que era discípulo em Antioquia, importante comunidade cristã fundada por S.Pedro, o levou para lá. Em 44 Paulo e Barnabé são encarregados pela comunidade de Antioquia para levar a ajuda financeira aos irmãos pobres de Jerusalém. No ano 45, por inspiração do Espírito Santo, Paulo e Marcos (o evangelista) foram enviados a pregar aos gentios (At 13,1-3). A primeira viagem durou cerca de 3 anos (45-48) percorrendo a ilha de Chipre a parte da Ásia Menor. No ano de 49 Paulo e Barnabé vão a Jerusalém para o primeiro Concílio da Igreja, para resolver a questão da circuncisão, surgida em Antioquia. A segunda viagem foi de 50 a 53, durante a qual Paulo escreveu, em Corinto, as duas cartas aos Tessalonicenses (At 15,36-18,22). São as primeiras cartas de Paulo. A terceira viagem foi de 53 a 58. Neste período ele escreveu ¨as grandes epístolas¨, Gálatas e I Coríntios, em Éfeso; II Coríntios, em Filipos; e aos Romanos, em Corinto. No final desta viagem Paulo foi preso por ação dos judeus e entregue ao tribuno romano Cláudio Lísias, que o entregou ao procurador romano Felix, em Cesaréia. Aí Paulo ficou preso dois anos (58-60), onde apelou para ser julgado em Roma; tinha direito a isso por ser cidadão romano. Partiu de Cesaréia no ano 60 e chegaram em Roma em 61, após sério naufrágio perto da ilha de Malta. Em Roma ficou preso domiciliar até 63. Neste período ele escreveu as chamadas ¨cartas do cativeiro¨ (Filemon, Colossenses, Filipenses e Efésios). Depois deste período Paulo deve ter sido libertado e ido até a Espanha, ¨os confins do mundo¨ (Rom 15,24), como era seu desejo. Em seguida deve ter voltado da Espanha para o oriente, quando escreveu as Cartas pastorais a Tito e a Timóteo, por volta de 64-66. Foi novamente preso no ano 66, no oriente, e enviado a Roma, sendo morto em 67 face à perseguição de Nero contra os cristãos desde o ano 64. S. Paulo foi um dos homens mais importantes do cristianismo. Deixou-nos 13 Cartas. Vejamos um resumo delas.

 

 

As Cartas aos Tessalonicenses

As duas cartas tem como tema central a segunda vinda de Jesus (Parusia), que as primeiras comunidades cristãs esperavam para breve e a sorte dos que já tinham morrido. Paulo admoesta a comunidade para a importância da vigilância. As cartas do Apóstolo depois delas falam mais do Cristo presente na Igreja do que da sua segunda vinda.

Tessalônica era porto marítimo muito importante da Grécia, onde havia forte sincretismo religioso e decadência moral; havia uma colônia judaica na cidade, e é na sinagoga que Paulo começa a pregar o Evangelho. Havia dúvidas sobre a iminente volta do Senhor.

Na segunda carta Paulo retoma o mesmo assunto, exortando os fiéis a trabalharem, uma vez que ninguém sabe a data da vinda do Senhor. As cartas devem ter sido escritas por volta do ano 52 quando estava em Corinto, durante a sua segunda viagem missionária pela Ásia.

 

 

 

 

 

A Carta aos Gálatas

São Paulo visitou os gálatas na segunda e na terceira viagem apostólica. É hoje a região de Ankara na Turquia. A carta foi escrita por volta do ano 54, quando Paulo estava em Éfeso, onde ficou por três anos. O motivo da carta são as ameaças dos cristãos oriundos do judaísmo que querem obrigar ainda a observância da Lei de Moisés. Paulo mostra que é a fé em Jesus que salva e não a Lei. E exorta os gálatas a viverem as obras do Espírito e não as da carne.

Esta carta é também um documento autobiográfico de São Paulo, além de ser um documento de alta espiritualidade.

 

 

 

 

A Carta aos Coríntios

Corínto ficava na Grécia, região chamada de Acaia, e no ano 27aC. Cesar Augusto, imperador romano, fez de Corinto a capital da província romana da Acaia. Foi nesta cidade portuária, rica e decadente na moral, que Paulo fundou uma forte comunidade cristã na sua segunda viagem. Aí encontrou o casal Átila e Priscíla que muito o ajudou. Paulo ficou um ano e seis meses em Corinto, até o ano 53. Na sua terceira viagem ele ficou três anos em Éfeso, também na Grécia, e daí escreveu para os coríntios. A primeira carta contém sérias repreensões dos pecados da comunidade: as divisões e a imoralidade. Em seguida dá respostas a questões propostas sobre o matrimônio, a virgindade, as carnes imoladas aos ídolos, as assembléias de oração, a ceia eucarística, os carismas, a ressurreição dos mortos, etc. É uma das cartas mais amplas de S. Paulo em termos de doutrina e disciplina na Igreja.

A segunda carta é bem diferente da primeira, não é tanto doutrinária, mas trata das relações de Paulo com a comunidade, e desfaz mal entendidos, inclusive, e faz a sua defesa diante de acusações sérias que recebeu dos cristãos judaizantes. Nesta carta Paulo mostra a sua alma, seus sofrimentos e angústias pelo reino de Cristo. Resume-se na frase: ¨É na fraqueza do homem que Deus manifesta toda a sua força¨ (2Cor 12,9).

 

A Carta aos Romanos

A carta aos romanos é bem diferente das outras cartas de São Paulo, pelo fato de ser uma comunidade cristã que não foi fundada por ele, o que foi feito por S. Pedro. Esta carta foi escrita no final da terceira viagem missionária de Paulo, em Corinto, por volta do ano 57/58a fim de preparar a sua chegada em Roma. É uma carta onde temos o ponto mais elevado da elaboração teológica do apóstolo. Não trata de assuntos pessoais, mas da vida cristã, a justificação por Cristo que nos faz ser e viver como filhos de Deus e mostra a Lei de Moisés como algo provisório na história do povo de Deus. O ponto alto da carta é o capítulo 8, onde mostra que a vida cristão é uma vida conforme o Espírito Santo, que habita em nós, nos leva à santificação, vencendo as obras da carne, levando-a à transfiguração no dia da ressurreição universal. Tudo foi preparado por Deus Pai que nos fez filhos no Seu Filho, a fim de dar a Cristo muitos irmãos, co-herdeiros da glória do Primogênito (8,14-18).

 

 

 

As Epístolas do Cativeiro

Essas cartas são as escritas a Filemon, aos Colossenses, aos Efésios e aos Filipenses. Cada uma delas apresenta Paulo prisioneiro (Fm 1.9.10.13; Cl 4, 3.10.18; Ef 3,1; 4,1; 6,20; Fl 1, 7.13s). Trata-se do primeiro cativeiro em Roma (At 27,1-28). Paulo também esteve preso em Filipos (At 16,23-40); Jerusalém (At 21,31-23,31), em Cesaréia (At 23,35-26,32); em Roma segunda vez (2Tm 1,8.12.16s; 2, 9).

 

Carta a Filemon

Quando Paulo estava preso em Roma pela primeira vez, entre os anos 61- 63, foi procurado pelo escravo Onésimo, que fugira de seu patrão Filemon em Colossos e procurou abrigo em Roma. Pela legislação judaica o escravo fugitivo não devia ser devolvido ao dono (Dt 23,16), diferente da lei romana que protegia o patrão. Então Paulo devolve Onésimo a a Filemon, cristão, e pede-lhe que pela caridade de Cristo, receba o escravo não mais como coisa, mas como um irmão. É a primeira declaração dos direitos humanos no cristianismo.

 

Carta aos Filipenses

Filipos era uma grande cidade fundada por Filipe II, pai do Imperador macedônio Alexandre Magno, e que o imperador romano Augusto transformou em importante posto avançado de Roma (At 16,12). Durante suas viagens Paulo esteve três vezes em Filipos, e fez fortes laços de amizade com os cristãos. Esta carta é chamada de ¨a carta da alegria cristã¨, por repetir 24 esta palavra, aos filipenses que sofriam perseguições, como ele na prisão. ¨Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos! ¨ (Fl 4,1). Nada pode tirar a alegria daquele que confia em Jesus.

 

Carta aos Colossenses

Colossos era notável centro comercial, que ficava na Frígia, na Ásia Menor, a 200 km de Éfeso, próxima de Laodicéia e Hierápolis. Paulo esteve por duas vezes na região da Frígia. O motivo da carta são os pregadores de ¨doutrinas estranhas¨, provocando um sincretismo religioso, com elementos judaicos, cristão e pré-gnósticos. Paulo fala do primado absoluto de Jesus Cristo, numa linguagem que os gnósticos entendiam. O ponto alto da carta é o hino cristológico (1,15-20) que mostra Cristo como o primeiro e o último, o Senhor absoluto no plano da criação e da redenção.

 

Carta aos Efésios

 

A Carta (ou Epístula) aos Efésios é um dos livros que integram o Novo Testamento da Bíblia Cristã e faz parte do designado grupo das Cartas de São Paulo. Apesar da ser autoria ser atribuída geralmente ao Apóstolo Paulo, quando este estava preso em Roma, o tom geral da carta, nomeadamente o estilo, a impessoalidade e a linguagem utilizada colocam algumas dúvidas sobre a sua autoria, levando alguns estudiosos a defenderam a hipótese de que seja uma espécie de carta-circular dirigida às Igrejas Paulinas da Ásia-Menor, e não apenas para Éfeso.

 

Na altura em que esta carta foi escrita, começavam a propagar-se nas comunidades cristãs da Ásia, doutrinas judaico-gnósticas que colocavam os anjos acima de Cristo, procurando assim exaltar a Lei de Moisés que segundo as tradições rabínicas teria sido promulgada pelos anjos. Desta forma, a Lei de Moisés seria considerada superior aos Evangelhos. É contra esta visão que é escrita a Carta aos Efésios, expondo o 'Mistério de Cristo' na sua grandeza cósmica enraizado no 'Mistério da Igreja'.

 

A Carta aos Efésios está dividida em duas partes, nomeadamente: 'A Igreja e o Evangelho' e 'Exortação aos Baptizados'.

 

 

 

Cartas Católicas:

 

1 - Tiago

2 - Primeira de Pedro

3 - Segunda de Pedro

4 - Primeira de João

5 - Segunda de João

6 - Terceira de João

7 - Judas

 

Notas: Carta aos Hebreus hoje é considerada como um sermão.

 

 

___________________________________________________________________________________________________________Avarez                                                                                     Avarez                                                       _Avarez

COMO USAR A BÍBLIA NA CATEQUESE

O texto que segue irá ajudar o catequista dando dicas práticas sobre o uso do texto bíblico na catequese. Um dos critérios importantes é a respeito pelo texto, pelo contexto e pela idade dos catequizandos.

DICAS DE INÍCIO

Para início de conversa sobre o uso da Bíblia na catequese é importante saber:
Respeita a interação vida-Bíblia. Que também a criança, o adolescente, aprenda a ler a Bíblia a partir da vida e em função dela. Trabalhar com a Bíblia sem ligá-la com a vida é como querer utilizar um aparelho elétrico desligado da eletricidade: não funciona! A Bíblia brotou da vida de um povo e para que seja captada em seu verdadeiro sentido tem de estar ligada à vida do grupo que a lê, reflete e reza a partir dela. O catequista precisa ter uma boa formação bíblica para não fazer uma leitura fundamentalista, ou seja, ler tudo ao pé da letra.Como vimos nos encontros anteriores e preciso descobrir o que o texto está dizendo, que linguagem o autor utilizou para dar o seu recado.
Não dizer hoje o que termos de desdizer amanhã. Quando o catequista não sabe responder o que a criança perguntou, é bom dizer que não sabe e que dará a resposta depois. Sempre que possível, não só falar da Bíblia, mas dar-lhe a palavra.
A ESCOLHA DOS TEXTOS BÍBLICOS

Não vamos nos deter a elencar um monte de critérios, achamos mais interessante, momento, nos prendermos a um critério básico, iluminará todos os demais; é a questão da gradualidade.
Certa manhã um fazendeiro montou a cavalo e foi inspecionar suas roças. Chegando lá viu os pés de milho todos muito bonitos, mas ainda muito pequenos. De repente, pôs-se a gritar com os cólons: ”Como é que vocês não fazem nada para ajudar meu milho a crescer mais depressa?” Apeou e, com as duas mãos, começou a puxar e espichar os pezinhos de milho, um por um. De noite, voltou para casa. Estava exausto! Mas comentava: “O dia foi puxado, mas valeu: ajudei o nosso milho a crescer”.
No dia seguinte o milharal estava todo ressequido. Morto.
Com as pessoas humanas acontece à mesma coisa. Tudo se dá no tempo certo. E este crescimento às vezes é lento. O catequista deve saber respeitar este ritmo, dar tempo ao tempo.
Quando fomos trabalhar com um texto bíblico na catequese devemos estar atentos:
Ao linguajar do texto: ver se têm palavras difíceis que precisam ser substituídas
À experiência de vida do catequizando – entrar em sintonia com a situação que estão vivendo no momento (dor, alegria, luto, festa, esperança, temor...); procurar conhecer o catequizando, o que pensa, vive, sente... A criança evolui, passa de uma mentalidade mágica para outra cada vez mais concreta, crítica, feita de curiosidade e indagação. A leitura Bíblica também terá que evoluir.
À sua maturidade na fé: É importante não esquecer que a criança, o adolescente, o jovem, estão num processo de iniciação à vida de fé. É preciso ir devagar, não podemos usar textos que ainda não estão à altura dos catequizandos, que são difíceis demais.

SUGESTÕES
Levando em conta os períodos sensíveis na idade evolutiva dos catequizandos aqui vão algumas sugestões de seleção e textos bíblicos:

INFÂNCIA: 7-8 ANOS

Características da idade –

Fase marcante no desenvolvimento humano; ainda muito concentrada no seu “eu”, sente enorme necessidade de estima de amor; aberta à contemplação, à admiração; gosta de ouvir o silêncio; apreciam símbolos, a expressão corporal, os bichos, tudo o que é vida; gosta de saber fazer as coisas, de rir e brincar, de aprender e decorar.
Quanto à imagem de Deus –

Prevalece a imagem do Deus grande, forte, que tudo sabe e pode, justo, santo, bom: do Deus da criação e dos milagres.
Quanto a Bíblia –

A criança está na fase de alfabetização: boa ocasião para apresentar-lhe a Bíblia como livro bonito, importante, que os homens apreciam mais que qualquer outro.Pode-se contar como é que ela apareceu na vida do povo, como ele continua sendo importante para as pessoas aprenderem a resolver seus problemas.Usar cartazes, desenhos, expressão corporal.Deixe que as crianças vejam, toquem, perguntem, dêem palpite, façam.Conte histórias de enredo curto, mantendo a atenção até o fim, narrativas simples, distinguindo claramente entre o bem e o mal.Evitar preconceitos a respeito de pessoas e tipos.O sofrimento e o mal podem e devem ser abordados, mas de modo a inspirar confiança; a história terminará com a vitória do bem.Cuidado com os aspectos chocantes na mentalidade infantil: histórias como a de Herodes (matança de bebês), de Caim (que mata o irmão), os pormenores da Paixão de Jesus e de outros textos semelhantes, são traumatizantes nesta idade.Enfim, narrativas bíblicas que impressionam negativamente a criança e amedrontam podem provoca antipatia pela Bíblia durante longos anos.
Sugestões de textos –

Histórias de Abraão, Zaqueu, Paulo, principalmente falem de Jesus, amigo dos pobres e pequenos; de suas atitudes; de suas orações, de seus amigos. Textos contemplativos: frases dos salmos e dos Evangelhos que exprimem alegria, louvor, agradecimento, confiança.Um Salmo inteiro será cansativo demais, por isso, devemos escolher as frases mais falantes.Textos sapienciais: dois excelentes repertórios são o livro dos Provérbios e o Eclesiástico (não confundir com Eclesiastes que é muito pesado para essa idade).

FINAL DA INFÂNCIA: PELOS 9-10 ANOS

Características-

Viva, ativa, interessa por aventuras, viagens, ação, gosta de ler, de estudar, de aprender, está mais socializada, o que lha dá mais segurança, quer saber os porquês – se o fato aconteceu mesmo; quer coisas concretas (não está mais ligado à linguagem poética, lendas e fábulas).
Quanto a Bíblia –

Tempo favorável para boas informações sobre o livro: como foi escrito, quando, por quem, para que, diversidade dos escritos, informações sobre o povo, a terra, os costumes; tempo de familiarizar-se com costumes e lugares da Bíblia; tempo de manusear a Bíblia: saber encontrar livro, capítulo, versículo; agora, mais que o desenho, serão apreciadas a montagem e a colagem de figuras; a expressão corporal será substituída por encenação-não mera repetição do texto, mas a sua atualização.
Sugestão de textos-

Deverão ser concretos, movimentados. Boa ocasião para aprofundar a vida adulta de Jesus. Nos Atos encontraremos bons textos sobre comunidades primitivas. Fala-se de Deus criador, da sua grandeza conforme a Bíblia nos fala, mas sem usar a imagem simbólica própria do Gênesis 1 e 2 Esses textos são difíceis para essa idade.Eles exigem uma boa formação do catequista.Mas, são textos para serem usados com os jovens e não com crianças.Por enquanto, fala-se de Deus criador sem usar esses textos.
Os relatos de milagres e as parábolas de Jesus, ao contrário do que em geral se pensa, não são os mais indicados.A criança pode ficar com uma imagem deturpada de Jesus, como se Ele fosse um mágico, parecido com os dos desenhos da televisão.Os livros de catequese mais atualizados não usam essas narrativas.

PRÉ – ADOLESCÊNCIA –PELOS 11-12 ANOS

Características 

Mundo infantil começa a desmoronar-se: questiona tudo, surge à consciência das próprias limitações; há uma nova volta para o próprio “eu”; é a época dos grupos solidários; da imitação dos adultos. Devido a uma série de fatores, principalmente os meios de comunicação social, esta fase tem começado antes dos 11 anos.
Textos bíblicos –

Numa linha mais refletida tomem-se às figuras de Jesus, Jeremias, Paulo. Ainda não é tempo para anjos e demônios, lendas e insistência em milagres.

ADOLESCÊNCIA - PELOS 12- 15 ANOS

Características –

São visíveis à insegurança, a instabilidade e a aguda emotividade; retirada ao próprio mundo interior - com o sofrimento que esta solidão traz; sensação de não ser compreendido e de sequer ser capaz de compreender; tempo de afirmação da própria personalidade; é contra todo autoritarismo; desconfia do adulto - mas precisa dele; idade de interesse pelo sexo e o amor; das cartas pessoais e dos diários íntimos (meninas); dos conflitos na família; de preocupação pelo futuro (vocação).
Quanto a Bíblia –

Atenção especial ao aspecto afetivo, emotivo. Há muita identificação com personagens que se impo por seu humanismo. Especial atenção desperta os profetas, por sua crítica às situações de injustiça ou de incoerência São importantes os textos que encaram o misterioso da vida e seu sentido mais profundo; os que orientam a busca desse sentido, inclusive do ponto de vista de vocação (Mt 5,7).
Será interessante tomar, agora, unidades maiores: parábolas, pequenos livros como Jonas, Judite, Amós.

FINAL DA ADOLESCÊNCIA –PELOS 15-19 ANOS

Características –

Há especial interesse pela experiência dos outros e com os outros: a consciência crítica faz com que se posicione diante dos males e das contradições do mundo.
Quanto à Bíblia –

Tempo de tomar textos mais difíceis, profundos. Pode-se abordar qualquer texto Bíblico. Será bom proporcionar uma visão de conjunto da Bíblia, colocando os problemas com que a Bíblia nos quer confrontar.
Sugestões de textos –

Gn 1-11 visto como reflexão sobre o nosso hoje (o homem no mundo; problemas de relacionamento, pecado e salvação); narrativas da infância de Jesus, narrativas de milagres, - Jó, Eclesiastes, Evangelho, de marcos, Cartas de Paulo (1Cor).
Vale a pena chamar a atenção também para a linguagem da Bíblia.Descobrir a linguagem como parte de um conjunto, como sintoma de uma situação e, ao mesmo tempo, instrumento, seja de opressão ou de libertação.
Alguns cuidados –

Não usar a Bíblia só por curiosidade, passatempo piedoso sem entrar na dinâmica do povo que a escreveu e na nossa comunidade.
Não se usa a Bíblia para domesticar crianças e adultos em nome de Deus. A obediência à fé é outra coisa. Cada frase da Bíblia está dentro de um contexto. Não se devem usar frases pescadas cá e acolá e isolados do seu contexto para impor uma idéia um pensamento. Na Bíblia o único herói é Deus. Cuidado para não elevar certos personagens à dimensão de super homens, sem defeitos.
O único jeito de ler a Bíblia que a Igreja condena é a leitura fundamentalista, que lê tudo ao pé da letra; se aparece algo estranho, invoca-se o poder de Deus, e pronto.

 Vanessa Catequista - Canapolis/MG

Disse asneira                                                                        Disse asneira                                                                 Disse asneira

 

Primeiro passo para conhecer a Bíblia é ler a própria Bíblia.

Você tem Sete Chaves que abrem o seu coração para ler a Bíblia de forma libertadora, agradável e correta. Estas chaves são fáceis de se encontrar, pois elas estão simbolizadas em seu próprio corpo.

Com as “Sete Chaves” você encontra a Palavra de Deus que está na Bíblia e na vida e entenderá melhor o sentido escondido atrás das palavras.

Veja só:

  1. Pés: Bem plantados na realidade.
    Para ler bem a Bíblia é preciso ler bem a vida, conhecer a realidade pessoal, familiar e comunitária do país e do mundo. É preciso conhecer também a realidade na qual viveu o Povo da Bíblia. A Bíblia não caiu do céu prontinha. Ela nasceu das lutas, das alegrias, da esperança e da fé de um povo (Ex 3,7).
  2. Olhos: Bem abertos.
    Um olho deve estar sobre o texto da Bíblia e o outro sobre o texto da vida. O que fala o texto da Bíblia? O que fala o texto da vida? A Palavra de Deus está na Bíblia e está na vida. Precisamos ter olhos para enxergá-la.
  3. Ouvidos: Atentos, em alerta.
    Um ouvido deve escutar o chamado de Deus e o outro escutar o seu irmão.
  4. Coração: Livre para amar.
    Ler a Bíblia com sentimento, com a emoção que o texto provoca. Só quem ama a Deus e ao próximo pode entender o que Deus fala na Bíblia e na vida. Coração pronto para viver em conversão.
  5. Boca: Para anunciar e denunciar.
    Aquilo que os olhos viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu a palavra de Deus e a vida.
  6. Cabeça: Para pensar.
    Usar a inteligência para meditar, estudar e buscar respostas para nossas dúvidas. Ler a Bíblia e ler também outros livros que nos expliquem a Bíblia.
  7. Joelhos: Dobrados em oração.
    Só com muita fé e oração dá para entender a Bíblia e a vida. Pedir o dom da sabedoria ao Espíri to Santo para entender a Bíblia.

 

 

 

 

Regras de ouro para ler a Bíblia

  1. Leia-a todos os dias.
    Quando tiver vontade e quando não tiver também. É como um remédio, com ou sem vontade tomamos porque é necessário.
  2. Tenha uma hora marcada para a leitura.
    Descobrir o melhor período do dia para você e fazer dele a sua hora com Deus.
  3. Marque a duração da leitura.
    O ideal é que seja de 30 a 40 minutos, no mínimo, por dia.
  4. Escolha um bom lugar.
    É bom que se leia no mesmo lugar todos os dias. Deve ser um lugar tranqüilo, silencioso que facilite a concentração e favoreça a criação de um clima de oração. Se, num determinado dia, não se puder fazer o trabalho na hora marcada e no lugar escolhido, não faz mal. Em qualquer lugar e em qualquer hora devemos ler. O importante é que se leia todos os dias.
  5. Leia com lápis ou caneta na mão.
    Sublinhe na sua Bíblia e anote no seu caderno as passagens mais importantes, tudo o que chamar a sua atenção, as coisas que Deus falou ao seu coração de modo especial. Isto facilita encontrar as passagens qua ndo precisar delas.
  6. Faça tudo em espírito de oração.
    Quando se lê a Bíblia faz-se um diálogo com Deus; você escuta, você se sensibiliza, você chora. É um encontro entre duas pessoas que se amam.
    “Quando oramos falamos a Deus. Quando lemos as Sagradas Escrituras é Deus quem nos fala.”

Autor: Jaime Francisco de Moura
Fonte: Veritatis

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A PALAVRA DE DEUS É VIVA E VIVIFICANTE


Caríssimos, quando recebemos uma carta, olhamos logo o remetente. Se for uma carta de propaganda, pensamos: mais uma! e, talvez, a deixemos de lado… Às vezes, até a joguemos no lixo… Se for de uma pessoa conhecida, procuramos abri-la e logo ler… E também acontece que pode ser aquela carta que nós esperávamos, de um amigo muito íntimo e querido… Com que pressa não a abrimos e com que ansiedade não a lemos, saboreando as palavras de amizade e carinho que trazem uma mensagem para nossa vida, um estímulo poderosíssimo para enfrentar a luta de cada dia… 

O Evangelho, caríssimos, é uma carta de amor de Deus que se dirige a cada um de nós. Dizia São Gregório: “A Bíblia é a carta de amor de Deus, nosso bom Pai”.

Eis como São Lucas inicia seu evangelho: “A mim também pareceu conveniente, após acurada investigação de tudo desde o princípio, escrever-te de modo ordenado, ó ilustre Teófilo, para que verifiques a solidez dos ensinamentos que recebeste”.

Mas, dirá você: eu não sou Teófilo, não sou ilustre, nem excelentíssimo…

Contudo, vejamos o significado da palavra Teófilo: é um nome genérico indicando todo aquele que “ama a Deus”, como nos diz a etimologia da própria palavra. Assim, em grego, FILOS significa amigo e TEÓS significa Deus. Teófilo quer dizer “um amigo de Deus”. E você, caríssimo, cada um de vocês que está aqui presente, ama a Deus. E’ por isso que você está aqui, hoje… Você é o Teófilo, o amigo de Deus, a quem São Lucas dedica esta carta, este evangelho.

E, quanto ao termo ilustre, este título parece indicar uma pessoa de muita importância. E’ que naquele tempo o destinatário era mesmo importante, porque ficava encarregado de difundir o livro que lhe era dedicado. Portanto, se o Evangelho de hoje é destinado a mim que quero ser, verdadeiramente, o amigo de Deus, ao recebê-lo, eu estou como que obrigado a proclamá-lo, a difundi-lo e a irradiá-lo.

Sim! A Palavra de Deus é viva e vivificante!… Vivificante! Isto é, que dá a Vida!

E’ o que vemos na segunda parte do evangelho de hoje: Cristo repleto da força do Espírito proclamando: “O Espírito repousa sobre mim, porque o Senhor me ungiu e me mandou anunciar a Boa Nova aos pobres”.

E é esta a nossa missão de cristãos, nós, que fomos ungidos no dia do nosso batismo, nós, que recebemos a força do Espírito por este santo sacramento. “O Espírito do Senhor está sobre nós, está sobre mim”. Portanto, devemos também nós anunciar, espalhar, irradiar o Evangelho, numa palavra, nós devemos evangelizar, fazer o que Jesus, ungido pelo Espírito, fez.

E o que é evangelizar? Evangelizar hoje é sair ao encontro da pessoa humana na totalidade do seu viver e do seu agir! Repito: evangelizar hoje é sair ao encontro da pessoa humana na totalidade do seu viver e do seu agir.

Evangelizar é fazer penetrar o Evangelho de Cristo, a mentalidade de Cristo, no mundo, em todos os setores da vida humana.

Evangelizar é fazer chegar ao coração do outro essa carta de amor que eu, o amigo de Deus, o Teófilo de hoje, recebi e devo passar adiante.

Evangelizar é fazer Jesus nascer no coração do outro...

Evangelizar é fazer Jesus crescer no coração do outro... E’ ser um irmão para o outro e fazer do outro um irmão…

Evangelizar é criar laços humano-divinos com o outro porque, disse Jesus: “Onde 2 ou 3 estiverem  reunidos em meu nome, eu estou no meio deles”…

Evangelizar é seguir os passos de Jesus, fazer o que ele fez, criando à nossa volta um mundo mais fraterno pela vivência da Palavra de Deus, amando sem limites, como nos ensina Jesus nas Bem-aventuranças.

Enfim, evangelizar é criar comunidades de Amor que irradiem a Boa Nova que Cristo viveu e proclamou.

E’ o próprio São Lucas que relata, nos Atos dos Apóstolos, como viviam os primeiros cristãos. O povo, ao vê-los reunidos, comentava: “Vede como se amam” e queriam tornar-se cristãos para participar dessa alegria.

As comunidades de outrora eram evangelizadoras…

Portanto, como cristãos, devemos ser o fermento na massa, o sal que dá sabor, a luz que ilumina as trevas.

Sim, duas mensagens podemos tirar do evangelho de hoje.

A 1ª: E’ VIVA A PALAVRA DE DEUS. E essa Palavra é dirigida a mim, a mim que vivo hoje e aqui, dentro dessa contextura histórica de lutas, de desemprego, de agressões, de falta de moral, mídia mal orientada, assaltos, doenças, etc…

A Palavra de Deus me é dirigida como norma de vida, conforto, arrimo, proteção, estímulo para ir em frente confiante de que Deus é Pai e não me desampara… Pois Deus é fiel! Fidelíssimo!

Procuremos pois, acatar a Palavra de Deus, lê-la , rezá-la, estudá-la todos os dias, pelo menos uns 5 minutos pois, como dizia São Gregório: “A Bíblia é a carta de Amor de Deus, nosso bom Pai”.

E quantos de nós, infelizmente, muitas vezes, nem abrimos o envelope dessa carta. Não! Não sejamos assim! Sejamos sim! os TEÓFILOS de hoje, os amigos da Palavra de Deus.

A 2ª mensagem: E’ VIVIFICANTE A PALAVRA DE DEUS, isto é, ela comunica a Vida, a Vida Divina em mim, e de mim deve partir e irradiar para os outros. E’ o que expressa justamente o termo “ilustre” como já vimos.

Que esta Vida Divina saia então de mim ao encontro de meu irmão, na totalidade de seu viver e do seu agir, para sermos como Cristo, o fermento na massa, o sal que dá sabor e a luz que ilumina nas trevas, enfim, os evangelizadores de Cristo.

Concluindo, como evangelizar? Em primeiro lugar, apaixonar-me por Cristo, porque uma pessoa apaixonada não se cansa de falar do objeto de seu amor… Evangelizar é despertar no outro a vontade de ler, conhecer, aprofundar e viver essa carta de Amor de Deus, nosso bom Pai. 

São Paulo, é por excelência o homem do Evangelho. Dizia ele: “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! Desempenho um encargo que me foi confiado”. São Paulo era, sem dúvida nenhuma, um Teófilo, um amigo de Deus, um amado por Deus.

AMÉM. ASSIM SEJA.

Frei Floriano

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Bingo bíblia 1

Perguntas para o Bingo:

1) O que é a Bíblia?
2) Quais as duas partes em que ela é dividida?
3) Quantos livros tem cada parte?
4) Quem são os 4 Evangelistas?
5) Como se escreve por extenso: Mt 7, 24 / Lc 2, 10 / Jo 6, 51?
6) Quem é o centro da Bíblia?
7) Quem são os anjos?
8) Qual o nome do anjo que Deus dá para cada um que nasce?
9) Como se reza a oração desse anjo?
10) Diga o nome de um anjo citado na Bíblia.
11) O que ele fez?
12) Deus nos criou à Sua ____________ e ______________
13) De que matéria prima Deus criou o homem?
14) Quais as diferenças entre os homens e os outros animais?
15) O que significa Adão? E Eva?
16) O que é pecado?
17) Qual foi o pecado de Adão e Eva?
18) Dê outros 3 exemplos de pecado:
19) Qual o nome do povo de Deus?
20) Para que Deus decidiu preparar um povo?
21) Quem Deus escolheu para formar o seu povo?
22) Qual o nome do filho deste homem?
23) Quem Deus escolheu para libertar seu povo da escravidão do Egito?
24) Quais são os 3 primeiros Mandamentos da lei de Deus?
25) E os outros 7?
26) Como Jesus resumiu os 10 mandamentos em 2?
27) O que você entende sobre "castidade"?
28) Após 40 anos no deserto, o povo de Deus chegou à terra prometida, a cidade de ___________
29) Quem foi escolhida para ser a mãe do Salvador?
30) Qual o nome do anjo que anunciou isso a ela?
31) Por que dizemos que Nossa Senhora é a Imaculada Conceição?
32) Quais os nomes dos pais de Maria?
33) Qual o nome do pai adotivo de Jesus?
34) Em que cidade morava Maria?
35) Em que cidade nasceu Jesus?
36) Jesus é verdadeiro homem porque nasceu de uma __________
37) Jesus é verdadeiro Deus porque foi concebido pelo __________________
38) De que difere Jesus de nós homens?
39) Quem foi o precursor de Jesus?
40) Qual o significado do batismo pregado por este homem?
41) O que significa "conversão"?
42) Em que rio Jesus foi batizado?
43) Quantos anos ele tinha aproximadamente?
44) Quais são as 3 pessoas da Santíssima Trindade?
45) O que relembramos na sexta-feira da Semana Santa?
46) Em que dia Jesus ressuscitou?
47) O que é Pentecostes?
48) Aconteceu quantos dias após a Páscoa?
49) O que é rezar?
50) Qual a oração que Jesus nos ensinou?
51) O que significa a palavra "amém"?
52) Quem fundou a Igreja?
53) Como devemos nos comportar dentro da Igreja?
54) O que é Fé?
55) Quais as partes da missa?
56) O que são os Sacramentos?
57) Quais são os Sacramentos da Iniciação Cristã?
58) Quais são os Sacramentos de Cura?
59) Quais são os Sacramentos de Serviço?
60) O que nos tornamos depois de sermos batizados?
61) O que é a Eucaristia?
62) O que recebemos no Crisma?
63) Quais os dons do Espirito Santo?

Opções: você pode recortar as perguntas em tirinhas, dobrar e pedir para os catequisandos sorteá-las ou pode fazer plaquinhas, tipo de bingo, para eles marcarem as respostas com grãos de feijão, conforme modelo abaixo: