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EXERCICIOS ESPIRITUAIS
EXERCICIOS ESPIRITUAIS

                                                Pintura do jesuíta José Maria Fernandes Machado.

Os Exercícios são um caminho de oração e discernimento que possibilita ao exercitante configurar sua vida a Jesus Cristo, pela força da graça e iluminação da Palavra de Deus, tornando-se livre para eleger o modo como poderá mais amar e servir concretamente na história.

Os Exercícios são meios ou instrumentos para a pessoa preparar-se e dispor-se para acolher a vontade divina na totalidade da sua vida. Seu objetivo final é que o exercitante se disponha e coopere, para aproximar-se progressivamente do mistério do Reino, aprofundando seu relacionamento e comunhão com a Trindade e com todas as criaturas, orientadas para o Criador.  

 

Divididos em quatro etapas, que Santo Inácio chama de semanas, proporcionam ao exercitante uma experiência profunda do Mistério de Deus e a ordenação de todas as suas forças para o a amor a Cristo e aos irmãos e ao serviço do Reino

Porta de entrada dos Exercícios no qual Santo Inácio ressalta a atitude fundamental que espera do exercitante e sem o qual não se pode iniciar o processo. A experiência do Princípio e Fundamento nos leva ao encontro com Deus numa atitude de disponibilidade, de generosidade e de entrega livre à ação de seu Espírito; nos revela o Deus de Jesus Cristo, o Deus que está presente em nós, providente, que sustenta a história de cada um e sustenta a criação toda, que está realizando o seu projeto em cada momento de nossa vida.  

Os Exercícios Espirituais de Santo Inácio são um caminho de oração e discernimento que possibilita ao exercitante configurar sua vida a Jesus Cristo, pela força da graça e iluminação da Palavra de Deus, tornando-se livre para eleger o modo como poderá maisamar e servir concretamente na história.

Ao clicar em “Explorar” você poderá navegar entre os exercícios e conhecer a fundo como devem ser realizados, dia após dia.

PRINCÍPIO E FUNDAMENTO

Porta de entrada dos Exercícios no qual Santo Inácio ressalta a atitude fundamental que espera do exercitante e sem o qual não se pode iniciar o processo. A experiência do Princípio e Fundamento nos leva ao encontro com Deus numa atitude de disponibilidade, de generosidade e de entrega livre à ação de seu Espírito; nos revela o Deus de Jesus Cristo, o Deus que está presente em nós, providente, que sustenta a história de cada um e sustenta a criação toda, que está realizando o seu projeto em cada momento de nossa vida. 

1ª SEMANA

O exercitante é posto diante do próprio pecado e da misericórdia de Deus. Confrontando-se com a trama do pecado na história e na própria vida, através da meditação, ele fará a experiência do mal e da misericórdia e se sentirá um pecador profundamente amado por Deus. Pecado, desordem e espírito mundano vão diretamente contra Deus e a liberdade, e devem ser afastados, pois comprometerão a autenticidade da eleição. Não se trata, portanto, de meditar sobre as verdades eternas nem de fazer uma lista de pecados para a confissão. O fruto esperado é a consciência da pecaminosidade pessoal e histórica e da necessidade absoluta de salvação em Jesus, associada a uma forte experiência da misericórdia de Deus. 

DINÂMICA DE CONVERSÃO

Nem a contemplação do mistério de Jesus Cristo, nem a incorporação progressiva n’Ele por parte do exercitante teriam consistência sem a experiência dramática do mal presente em sua história, pessoal e social. É necessário saber de que me salva e de onde me arranca o chamamento de Jesus Cristo; por isso é indispensável fazer a experiência do “eu pecador” e da realidade do mal agindo na história e da sua força destruidora. 

2ª SEMANA

A Segunda Semana introduz a contemplação dos Mistérios da vida de Cristo. O exercitante busca a graça do conhecimento interno que o faz crescer no amor ao seu Senhor, para maisamá-lo e segui-lo. No exercício do Reino, ele ouviu o apelo do Rei e expressou seu desejo de lhe responder, mas ainda não sabe qual a maneira específica de concretizar essa resposta. Contemplando a vida do Rei, buscará descobrir a vontade de Deus na disposição de sua vida para, na eleição ou reforma de vida, acolhê-la e colocar os meios para concretizá-la. Podemos dividir a Segunda Semana em parte 1 e parte 2. 

EXERCÍCIO DO REINO

Em continuidade com a etapa anterior, trata-se agora de chegar até o centro mesmo da visão de fé, ou seja, a pessoa de Jesus Cristo, realizador da vontade do Pai, presença visível do amor e misericórdia de Deus, restaurador da comunhão plena dos homens com Deus e dos homens entre si.

 

A CONTEMPLAÇÃO DOS "MISTÉRIOS" DE CRISTO

Vimos anteriormente que a experiência dos Exercícios não é outra coisa senão o encontro do homem com Deus em Jesus Cristo. A participação na vida divina se dá mediante uma adesão pessoal progressiva ao mistério de Cristo; e a comunhão total com o Filho e no Filho abre o acesso imediato ao Pai, em virtude do Espírito que em nós grita: “Abba!” (Gl 4,6). 

ELEIÇÃO

Para Inácio, a realização do homem se dá no exercício da liberdade. Porém, para ser livre, o homem deve vencer a si mesmo e ordenar sua vida de acordo com a vontade de Deus, de modo que seja essa vontade divina a que lhe guie em suas decisões e não a própria afeição desordenada (EE 1). 

3ª SEMANA

A adesão a Jesus concretizada na eleição terá consequências na vida do exercitante. Na Terceira Semana ele trilha o mesmo itinerário do Cristo Crucificado, perguntando-se “o que devo fazer e padecer por ele?”.Na Primeira Semana ele se perguntou, diante da Cruz: “o que devo fazer por Cristo?”. Na Eleição, respondeu concretamente a essa pergunta. Aqui há uma mobilização das próprias forças para assumir o compromisso da Eleição: trata-se de uma profunda descentralização de si mesmo ao associar-se ao mistério da Cruz de Cristo. O fruto esperado é que na experiência de comunhão com a dor e o sofrimento do Senhor, ele supere as últimas resistências a viver radicalmente a sua eleição no seguimento do Cristo pobre, humilde e rejeitado. 

INSERÇÃO PLENA NO MISTÉRIO PASCAL

A interiorização progressiva dos Exercícios se encaminha para a plenitude de Cristo que levou até as últimas consequências a opção pelo Reino. 

4ª SEMANA

A cruz no caminho do discípulo tem sentido. O exercitante fará esta experiência estando existencialmente presente com o Ressuscitado em seu ofício de consolador. A Quarta Semana tem por objetivo impregná-lo com a vida nova que brota da Ressurreição de Cristo e que desce do alto [EE 237] e se projeta na história, para transformá-la. Aquele que passou com Cristo pela Cruz é chamado a uma gratuidade ainda maior: acompanhar o Senhor gozoso e voltar-se por completo a ele pelo simples fato de vê-lo tão pleno de gozo. Nas contemplações, ele experimentará os verdadeiros e santíssimos efeitos da ressurreição [EE 223]. O fruto esperado é a experiência da vida que acontece na passagem pela morte, pelo fracasso, pela decepção, pela limitação e finitude pessoal e histórica. 

CONTEMPLAÇÃO PARA ALCANÇAR O AMOR

No tempo dos Exercícios, o exercitante se encontrou com o Amor e teve a generosidade de fazer a eleição que acolheu o Amor em pontos concretos de sua vida. Agora vai mergulhar no Amor de tal maneira que a eleição se concretize no cotidiano de sua vida. Ad Amorem é a ponte entre os Exercícios e a vida cotidiana, a porta de saída para que o exercitante passe da moção à ação na missão. Aqui ele pede conhecimento de todo bem recebido de Deus para, em um movimento de total reconhecimento, poder em tudo amar e servir a sua divina Majestade [EE 233]. Reconhecidos os benefícios, ele vai oferecer tudo a seu Criador e Senhor: Tomai Senhor e recebei... O fruto esperado é a experiência de gratidão que se traduz em serviço, encontrando Deus em tudo e tudo em Deus. 

CONCLUSÃO

Vimos que, nos Exercícios de Santo Inácio, há uma dinâmica interna, uma unidade orgânica, que tem como fim último levar “aquele que o faz” a uma inserção mais lúcida e mais radical no mistério de Cristo. Isto se dá através do processo interno das Quatro Semanas, que comportam diversas linhas dinâmicas, diversas forças espirituais que atraem o exercitante, em seu ser profundo, conformando-o à imagem de Cristo. Graças à força da oração, o exercitante se impregna progressivamente do modo de ser de Cristo para se tornar um outro Cristo, viver em Cristo, caminhar com Cristo.

 

                                             Como rezar bem - Por Santo Afonso de Ligorio

"Quem reza se salva, quem não reza se condena". Santo Afonso de Ligório

Tem um livro maravilhoso de Santo Afonso de Ligório (doutor da Igreja), que se chama: A Oração. Tirei deste livro alguns trechos onde ele ensina como rezar bem. Ele traça uma vida de oração e regras de vida Cristã. É tão edificante que eu resolvi copiar para o blog, a fim de que sirva de inspiração para muitas pessoas que precisem vencer a tibieza e a aridez espiritual, bem como melhorar as orações do nosso dia a dia.

Alguns pontos importantes

Não posso colocar aqui no blog tudo o que Santo Afonso diz no livro, aconselho fortemente os leitores a comprar o livro se desejarem saber mais sobre a oração, o livro é um tesouro, realmente vale a pena comprá-lo para a edificação de nossa vida espiritual. Portanto vou fazer um breve resumo da importância da oração, como descreve Santo Afonso. 
1 - Primeiramente devemos rezar por nós, e pela nossa salvação, quando Cristo falou no evangelho:"Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei. (São João 14, 13)", Ele se referia graças referente à nossa salvação. Portanto devemos rezar para pedir virtudes que ainda não temos, isso Deus nunca irá nos negar. Quando pedimos bens temporais, nem sempre Deus nos atenderá, pois pode ser algo que venha a prejudicar a nossa salvação.
2 - A Meditação (oração mental) NÃO tem valor algum, e até se torna perigosa e nós não rezamos junto, ou não praticamos de alguma forma aquilo que meditamos. Por exemplo, meditamos sobre a Humildade, portanto é necessário praticar a humildade durante aquele dia para que a meditação tenha algum valor para nós. Meditar e achar que tá tudo bem (sem praticar), faz a gente achar que aderimos aquele ensinamento, e que não precisamos melhorar n´Ele. E também, porque quanto mais conhecemos sobre as virtudes e as verdades de nossa fé, mais seremos cobrados. Exemplificando então: meditamos de manhã sobre a humildade, o dia todo praticamos a humildade, e a noite pedimos a Deus que ele NOS DÊ mais humildade. Nisto consiste a oração que agrada a Deus. Pois todos os nossos pedidos a Deus, antes de qualquer coisa deve ser em vista de nossa salvação.

3 - Devemos orar pelos outros, principalmente a família. A oração para conversão dos outros, é a que MAIS AGRADA A DEUS, e se pedirmos com FÉ, Deus NUNCA vai nos negar, se ele não ouviu é por que pedimos mal.

4 - Também devemos rezar por todas as pessoas do purgatório, Santo Afonso diz que se rezarmos pelas almas do purgatório, quando estivermos todos no céu, seremos saudados por elas "obrigado, foi por tuas orações, que eu me salvei". E também, Deus permitirá que pessoas rezem por nossa alma quando também estivermos lá. 
5 - Algo muito importante para ler os próximos tópicos: Aqui nesse texto Santo Afonso traça um "manual" de como rezar bem, e é necessário que comecemos aos poucos. Se você leitor, quiser fazer tudo o que está descrito aqui de um dia para o outro, corre sério risco de fazer um dia ou dois, e abandonar tudo, por se tratar de uma vida de oração muito rígida e que muitas pessoas não estão acostumadas. Portanto aconselho a iniciar aos poucos. A Primeira oração que um Católico deve fazer todos os dias é rezar o Santo Terço. Isso é nosso dever rezar todos os dias, em segundo lugar vem a meditação (oração mental). O resto será acrescentado depois (novenas, orações, ladainhas, devoções secundárias). Outro detalhe importante para nos ajudar a manter a devoção é ter um horário certo para rezar todos os dias, isso ajuda a não faltarmos em nossas obrigações com Deus. Depois destas ressalvas vamos ao texto, escrito inteiramente por Santo Afonso Maria de Ligório. Acompanhem:

Regras de Vida Cristã

I. De manhã, ao se levantar, fazer os atos indicados posteriormente. Todos os dias fazer meia hora deoração mental e pelo menos um quarto de hora de leitura de algum livro espiritual. Participar da Missa. Fazer visita ao Santíssimo Sacramento e à Mãe de Deus. Rezar o Rosário. À noite, fazer o exame de consciência, ato de arrependimento, os atos cristãos e rezar a Ladainha de Nossa Senhora.
II. Confessar-se e comungar pelo menos semanalmente e até mais vezes, se o Diretor Espiritual o permitir.
III. Escolher um bom confessor, instruído e piedoso; seguir suas orientações tanto no tocante aos atos de devoção, como nas questões importantes; não abandoná-lo sem motivo grave. ¹
IV. Evitar a ociosidade, as más companhias, as conversas inconvenientes e, principalmente, as ocasiões de pecado, especialmente quando há perigo para a castidade.
V. Nas tentações, principalmente nas impuras, fazer logo o sinal da Cruz e invocar os nomes de Jesus e Maria, enquanto durar a tentação.
VI. Se cometer algum pecado,arrepender-se logo e resolver emendar-se. Se o pecado for grave, confessar-se o quanto antes.
VII. Sempre que possível ouvir as pregações; pertencer a alguma irmandade ou grupo, ali procurando apenas a salvação eterna.¹ 
VIII. Para honrar a Maria Santíssima, jejuar nos sábados e na vigília de suas festas, fazendo ao mesmo tempo alguma outra mortificação corporal conforme o conselho do diretor espiritual. Fazer a novena para as festas de Maria, do Natal, de Pentecostes e do próprio padroeiro. Nas situações desagradáveis, doenças, perdas, perseguições, conformar-se com a vontade de Deus e ficar em paz, dizendo: "Assim Deus quer, assim seja!". Todos os anos fazer os Exercícios Espirituais em alguma casa religiosa ou algum lugar retirado. Ou pelo menos, fazê-lo em casa mesmo, dedicando-se o mais possível à oração, às leituras e ao silêncio². Do mesmo modo fazer um dia de retiro, cada mês, evitando as conversas e recebendo a eucaristia.²

Atos cristãos para cada dia

De manhã ao levantar-se tendo feito o sinal da Cruz, faça os seguintes atos de adoração, de amor, de agradecimento, de propósito e de súplica:
I. Meu Deus, eu vos adoro e vos amo com todo o meu ser.
II. Agradeço todos os vossos benefícios, especialmente o de me terdes conservado nesta noite.
III. Eu vos ofereço as minhas ações, os meus sofrimentos deste dia, em união com as ações e os sofrimentos de Jesus e de Maria, com a intenção de ganhar todas as indulgências que puder.
IV. Proponho-me a fugir de todos os pecados, especialmente de... (é bom fazer um propósito particular, quanto ao defeito em que mais se cai). Nos contratempos quero conformar-me sempre à vossa vontade. Meu Jesus guardai-me; Maria, protegei-me sob vosso manto. Pai eterno, ajudai-me por amor de Jesus e de Maria. Meu anjo da guarda, meus Santos padroeiros, acompanhai-me. Reze depois o Pai Nosso, a Ave Maria, o Credo e três Aves-Marias em honra e pureza de Nossa Senhora.
Ao começar um trabalho, estudo ou qualquer outra ocupação, diga: "Senhor, eu vos ofereço este meu esforço". Às refeições: "Meu Deus, seja tudo para a vossa glória. Abençoai-me para que não caia em nenhuma falta". Depois das refeições: "Agradeço, Senhor, o benefício que fizestes a quem vos ofendeu". Ao soar das horas: "Jesus, eu vos amo. Não permitais que me separe de vós". Nos contratempos: "Senhor, assim quisestes, assim também eu quero." Nas tentações repita frequentemente os nomes de Jesus e Maria. Tendo cometido alguma falta: "Senhor eu me arrependo porque ofendi a vós, bondade infinita. Não quero fazê-lo novamente." Se houve pecado grave, confessar-se logo.
À noite, antes de se deitar, agradeça a Deus as graças recebidas; faça o exame de consciência, o ato de arrependimento e os atos do cristão. 

Modo Prático de fazer a oração mental

Como preparação diga:
 I. Meu Deus, creio que estais aqui presente. Eu vos adoro com todo o meu ser.
II. Senhor mereceria estar agora no inferno; arrependo-me de vos haver ofendido; perdoai-me.
III. Pai Eterno, por amor de Jesus e de Maria, iluminai-me. 
Depois recomende-se a São José, ao Anjo da Guarda, ao Santo Padroeiro. 
Agora leia a meditação³, vá interrompendo a leitura sempre que encontrar uma passagem que tenha um significado maior para você. Faça atos de humildade, de agradecimento e, principalmente, de arrependimento e amor. Diga: "Senhor, fazei de mim o que quiserdes, ajudai-me a conhecer o que quereis de mim; quero fazer o que vos agrada." Ore muito pedindo a Deus a perseverança, o amor, a luz, a força para fazer sempre a vontade divina, a graça orar sempre. 
Antes de terminar a oração, faça um propósito particular, de evitar alguma falha mais frequente. Termine com um Pai-Nosso e uma Ave Maria. Nunca deixe de recomendar a Deus as almas do Purgatório e os pecadores.